domingo, 4 de março de 2012

E NÃO É QUE VALE LER A COLUNA DO SARNEY

Com Felipe Klamt

Domingo, cara de chuva, cheiro de comida gostosa, praia poluída, ratazana comprando entrada para o cinema e os tablóides repetindo as mesmas manchetes. Parece que o molinho do colchão e a de sempre televisão sobrou como solução para o lento passo do relógio.
Eis que surge nos meus olhos a coluna do Sarney, definitiva na primeira página, devidamente determinada para o dono do jornal. Claro, falando da sua predileta filha, do modelo idêntico de poder que ele criou sem conseguir fazer a herdeira aprimorar para eternizar os mesmos de sempre nos Leões.

Nada demais está imprenso na coluna, vamos dizer que a sua idade não permita a cobrança de fatos ou dados verídicos sobre a saúde do Maranhão em relação ao índice nacional.
Do delírio ao senil, tudo pode ser encontrado na vontade do Sarney em fazer das suas palavras o jamais contestado, quem sabe conseguir magnetizar o raciocínio dos leitores botando o esparadrapo da gestão de saúde no Maranhão como analgésico da dor sentida pela miserável população.

Para concretizar a malandragem determinou que o “Maranhão, estado mais pobre do Brasil” não existe de fato, foi criado pelo seu inesquecível inquisidor, o governador José Reinaldo Tavares, para ser uma campanha de out-door afixada somente no seu trajeto em Brasília. Quanta astúcia espetada no velho bigode.
Muito bom saber do pavor do José do Sarney pelo Zé do Tavares, nada demonstra mais a nossa provinciana realidade política. De um lado o povo gemendo de fome e do outro um senhor de todos com a sua angústia de saber que ficou na história pendurado como símbolo de tudo aquilo que não queremos nas nossas vidas.

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