domingo, 31 de janeiro de 2010

VAMOS COM O JOÃO - O DIREITO ACHADO NA LUTA

Com Joãozinho Ribeiro

Sábado ensolarado em Brasília. Saio pela cidade com o instinto farejador de letras e engato na primeira livraria. Viajo pelos títulos de alguns lançamentos que não me apetecem, até que a vista aterrissa numa prateleira onde todos os exemplares custam apenas R$ 7,90. Isso mesmo, sete reais e setenta centavos! Por mera curiosidade me aproximo e deparo com um título que me arrebata a atenção – “Pelas Veias da Esperança”. Começo a folhear as primeiras páginas, e nada mais me interessa ao redor. A relação que passo a manter com o conteúdo me subtrai do mundo. Trata-se do relato biográfico, se assim podemos chamar, da belíssima história de vida do cidadão Osvaldo de Alencar Rocha, fundador e primeiro presidente do Partido dos Trabalhadores no Maranhão, candidato a governador do estado em 1982, advogado militante, dedicado inteiramente à luta em defesa dos trabalhadores rurais, descrito nestes termos pelas palavras de D. Pedro Casaldáliga, na apresentação do livro: “Eu evoco a figura do Osvaldo como a de um ser excepcional, cheio de humanidade, lúcido e experimentado, lutador e terno, político conseqüente e solidário sempre. Osvaldo contagiava utopia, serviçalidade, realismo. Fazia-se amar conaturalmente e proporcionava uma cálida confiança”.

O livro é de autoria de Edimário Oliveira Machado, publicado em 2006, pela editora Novo Século-SP. O autor foi amigo de infância de Osvaldo e leal companheiro por toda a vida, até os seus últimos dias, quando sucumbiu ceifado por um câncer traiçoeiro, em junho de 2000, num leito da UTI do Hospital Neurológico em Goiânia. Edimário publica nos anexos do livro o inteiro teor de uma palestra proferida por Osvaldo em dezembro de 1989, em Miami, na Flórida, Estados Unidos da América, no XV Congresso Internacional da Latin American Studies Association - Lasa, intitulada “O Direito Encontrado na Luta”. Uma senhora aula de Direito, que deveria se tornar leitura obrigatória para todos estudantes e professores dos cursos jurídicos do país. Do referido discurso extraio dois trechos que reputo verdadeiros exemplos da profundeza de sua cultura jurídica e humanística:

“Eis, em síntese a posição que advogo: o Direito nominalmente surge na dialética social e no processo histórico, competindo ao jurista popular, comprometido com a libertação do oprimido, estar atento, para garimpá-lo no momento oportuno, no brilho de sua gema, entre as montanhas de cascalho que séculos de positivismo obscuro entulhou na lavra júris-social da humanidade”.

“Não se pode desconhecer a evolução contínua e constante da sociedade em qualquer estágio de sua cultura, e o Direito, como produto cultural que é, não se atrela a lei estática, mas à vida dinâmica e autocriadora. Nenhum Direito está feito e acabado (nada é); as coisas e as idéias se reciclam, se amoldam, em transformação criadora (tudo é, sendo). Não existe uma prateleira metafísica, onde se possa armazenar a realidade dos fenômenos naturais e sociais. A vida é um contínuo vir a ser”.

Em sua destemida luta contra as injustiças praticadas contra os trabalhadores rurais da região Araguaia/Tocantins e no território maranhense, Osvaldo foi mais do que um advogado militante. Das palavras do próprio autor expostas na introdução do livro, podemos compreender um pouco mais o significado da passagem deste generoso cidadão pelas páginas desta nossa breve estação terrena: “A história de Osvaldo Alencar é um exemplo de cidadania que não pode jamais se perder nos subterrâneos de nossa consciência coletiva. Pelo contrário, como uma força viva, eternamente questionadora, há de ser uma permanente fonte de inspiração na busca de uma sociedade mais justa e fraterna”.

Edimário nos presenteia ainda no livro com uma das mais belas peças do Direito brasileiro. Incrustada na petição judicial do processo movido pela Agropecuária Gurupi Ltda., contra o posseiro Domingos do Espírito Santo, no dia 29 de maio de 1985. Nesta petição, o advogado militante vai além da letra fria do linguajar jurídico-formal e se revela um espirituoso poeta do direito, em defesa do povo pobre e sofrido do Maranhão, atingido pelo flagelo do latifúndio:
“Meritíssimo doutor Juiz,
com referência aos autos epigrafados,
onde Domingos da Cruz do Espírito Santo,
o Domingos lavrador que já não lavra,
figura como réu, requerido e intransigente
por não aceitar o jugo do mais forte,
brocou na terra sua pobre roçae dormiu para sempre no canto do roçado.
Domingos que não sendo único chega a ser plural,
viveu e morreu sob o signo da Cruz do Espírito Santo.
Hoje é mártir da terra a conquistar,
tombou sob as balas dos capangas...
E a Justiça que é cega, e quando manda,
é mais pra mulher de Putifar e nada salomônica,
continua a intimá-lo a prestar contas
no tribunal onde moram a empáfia, a indiferença
e para julgar os atos de Domingos,
já não tem nenhuma competência.
Assim sendo, de Domingos o mandato renuncio.
E já não precisa mais notificá-lopois estando perante outro juízo,
Vossa Excelência não pode condená-lo.
Quanto à empresa autora, requerente, grileira
e malfeitora, como seu advogado mercenário,
que mataram Domingos e seu cavalo
que vivam no inferno eternamente!...“.
Finalizo o artigo desta 2ª feira com um lembrete aos petistas do Maranhão, que não poderia chegar em momento mais oportuno, na véspera do Congresso do Partido, momento em que muitas deliberações políticas decisivas serão tomadas. O lembrete tem sua origem na resposta equilibrada e firme que Osvaldo deu no dia 5 de junho de 1995 em entrevista ao Diário da Manhã, de Goiás, avaliando o processo eleitoral em que sua chapa saiu derrotada na disputa para o Diretório do PT de Goiânia:

“...após as eleições de ontem, o partido não sai dividido e também se esvazia a possibilidade de ele fechar alianças com siglas de direita. O balanço possível de se fazer, nesse momento, é que o PT saiu unido, apesar de terem participado três chapas, e que a proposta de alguns setores do partido em firmar aliança com a direita não vai vingar”.

Espero, sinceramente, que nós, filiados do Partido dos Trabalhadores do Maranhão, estejamos à altura da honradez e do exemplo de vida do companheiro Osvaldo, e façamos da obediência às suas palavras uma merecida homenagem a sua digníssima memória.
Como militante do Partido dos Trabalhadores

JUVENTUDE PRESENTE


Com Felipe Klamt

Acabei de chegar da cidade de Pinheiro, estava participando da reunião do Fórum de Juventude do Maranhão – FEJMA.

Nada como renovar o oxigênio da militância respirando a continuidade de uma história que iniciou em 2003, no governo do José Reinaldo, com a organização da juventude que teve como ferramenta de construção a Caravana da Juventude.

Depois de viajarmos as regiões maranhenses fazendo o grito da juventude ecoar, chegamos em 2006 com o primeiro encontro estadual de juventude que permitiu a fundação do FEJMA, do Conselho Estadual de Juventude – CEJOVEM e da definição do Plano Estadual da Juventude.

Continuamos assistindo e participando de diversas implantações dos Fóruns Municipais tendo como protagonista o jovem. Somente o jovem.

Como não adianta aconselhar o poder público para nem tentarem dominar a sociedade civil, parece que “eles” acreditam ter esta capacidade, o que vimos hoje no encontro foi um confronto de idéias e opiniões sobre políticas públicas e principalmente partidárias.

O jovem deputado Rubens Júnior, convidado pelo movimento, proferiu uma ampla explanação sobre a PEC e o Plano Estadual de Juventude. Demonstrou o seu engajamento nesta articulação para a aprovação e efetivação destas importantes ferramentas.

Durante o debate ficou evidente a necessidade de todos estarem mobilizados pela falta de interesse do governo estadual em dar encaminhamento a estes processos.

Sabemos que uma faísca na juventude pode acender uma grande fogueira, foi o que os signatários do governo presentes no evento provocaram e começou o choque entre os participantes. Sem agressões físicas.

Estava expresso que a maioria dos participantes não engoliu o golpe da turma de ocupação e neste sentido a turma pró-Jackson deu um exemplo de decisão e coerência política.

Os representantes deste governo precisam rever a sua conduta, as suas vaidades e principalmente ter a coragem de participar dos legítimos encontros da juventude. Lamentável.

sábado, 30 de janeiro de 2010

ALEXANDRA - A DECISÃO

Com Felipe Klamt

Alexandra Tavares decidiu que vai concorrer como deputada federal na eleição deste ano.

Imaginem o estrago que ela vai fazer com a turma de ocupação.

Alguém dúvida?

Não vou perder nenhum capítulo deste enfrentamento.

Alguém vai?

VAMOS DE PEDRO DANILO - MUNDO DAS LENDAS


Com Felipe Klamt

Quando alguém consegue ser genial temos mais é que divulgar para os quatros cantos do mundo.

Recebi uma mensagem indicando um delicioso blog infantil, fiquei curioso pelo conteúdo e fui surpreendido por uma página eletrônica muito bem escrita.

Estou falando do blog Mundo das Lendas, escrita pelo blogueiro Pedro Danilo, parece elaborado por gente grande.

Talvez o fenômeno deste jovem articulista possa ser explicado pelo DNA, à família toda atua na comunicação.

Mais do que admirar este novo cabeça eletrônico, vou ser seu seguidor e postar no nosso blogs parceiros.

Continue Pedrinho.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

VAMOS DE CAMARADA - CARTA DO PC DO B AO POVO DO MARANHÃO


Com a Comissão Política Estadual do PCdoB no Maranhão

“Fé na vida, fé no homem, fé no que virá”

Ao longo da história do nosso Partido, sempre estivemos em busca dos mesmos objetivos: desenvolver o Brasil, com soberania e justiça social. Do mesmo modo, temos muita fé no Maranhão. Não nos conformamos com a amarga contradição que marca a nossa realidade: temos rios, mar, campos, terras férteis, povo trabalhador e empresários empreendedores; mas mesmo assim nosso estado ocupa o último lugar em desenvolvimento e convivemos com injustificáveis níveis de pobreza e exclusão social.


Essa situação é tão forte que às vezes parece invencível. Mas isso não é verdade. Nós não precisamos e não devemos nos conformar com essa realidade. O governo Lula deu o exemplo e mostrou ao Brasil e ao mundo que é possível, sim, mudar, diminuir a pobreza e ao mesmo tempo gerar desenvolvimento. Queremos fazer no Maranhão o que Lula está fazendo no Brasil.

Hoje o Maranhão quer mudanças, que nos permitam olhar para frente, com esperança, com otimismo, confiantes de que estamos no caminho certo em direção a um futuro melhor para nossas famílias. Mudança para valer, que transforme o nosso imenso potencial humano e natural em prosperidade para todos.

O Maranhão precisa de um novo projeto de desenvolvimento, aberto a todos, que aproveite o que há de melhor na capacidade criativa dos nossos trabalhadores, dos nossos empresários, da nossa comunidade acadêmica, para gerar novas soluções para antigos problemas, priorizando os mais pobres, os pequenos, os tradicionalmente esquecidos, com honestidade e participação popular.

Esse projeto será obra de um grande movimento das forças políticas progressistas, da sociedade civil, de todos os homens e mulheres de boa vontade. Há um chamado para que não apenas viremos a página da história, mas escrevamos um novo livro: o livro do Maranhão forte, democrático, justo e desenvolvido.

Por isso, conclamamos todas as forças que querem transformar o nosso estado para melhor a se unirem em defesa do Maranhão.

Façamos um amplo debate político, visando à elaboração coletiva de uma proposta capaz de mudar o Maranhão. E mobilizemos todo o povo para a grande tarefa que a história nos desafia a desempenhar.

São Luís, 27 de janeiro de 2010
Com foto Felipe Klamt - 2009

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O HAITI É NO MARANHÃO

Com Felipe Klamt

Lembramos do Epitácio Cafeteira como aquele que enfrentou o Sarney durante muitos anos, afirmando que a miséria da nossa população era fruto dos desmandos do grupo político comandado pela família.

Quantas não foram às vezes que o conhecido “Cafifa” divertiu os eleitores, a imprensa e os políticos de esquerda com as suas ironias sobre as armações da turma de ocupação.

Bastou o Sarney virar presidente do Brasil para Cafeteira esquecer o seu algoz que tentou de tudo com a intenção de destruir a sua carreira, parece ter afirmado que o Sarney pediu a sua cabeça aos militares durante a ditadura.

Virou o governador do Maranhão. Foi um desastre, nunca fez nada pelo povo sofrido, somente pelos seus. Enfrentou novamente o grupo dominante para o governo estadual e foi “vencido” misteriosamente pela atual ocupante dos Leões.


Ficou miúdo sem uma contestação.

Voltou ao senado pela vontade do seu eterno inimigo-amigo-inimigo e definitivamente aliado para o resto da vida.

O último serviço prestado ao grupo Sarney foi como relator do processo do habilidoso Renan Calheiros, liberou o alagoano sem sentimentos de culpa.

Nesta semana votou contra o aumento do efetivo militar brasileiro no Haiti, parece que vozes do passado o incomodava na hora do discurso:

“Lembra do Maranhão, o Haiti é aqui, não esquece que o Maranhão é o Haiti”.


Cruz credo.

Com foto Geraldo Magela

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

TORRE DO CASTELO - SÉRIE

Com Felipe Klamt

A história conta que os senhores feudais quando eram confrontados pelos seus súditos mandavam castigar e prender na torre do castelo. Isto acontecia na Europa, em um longínquo passado.

Parece que no Maranhão, mais precisamente em São Luís o tempo não passou. Os de antigamente tomavam o poder por meio da violência, hoje, são eleitos e dominam quem os servem pelo medo de serem enxotados dos seus cargos.

Assistimos, perplexos, o atual prefeito da capital, João Castelo, maltratar os que outrora foram os seus aliados para o êxito na conquista do executivo municipal.

A primeira vítima foi a Helena Duailibe(PSB), sua vice-prefeita e secretária de saúde que sofreu todas as agruras que o mandatário lapidado numa ditadura militar poderia fazer para humilhar e a deixar presa politicamente na torre do terror.

Conseguiu tirar o seu poder, não a sua dignidade. Depois foi o gestor de esporte, indicado pelo deputado federal e seu apoiador no segundo turno da campanha, Kleber Verde. Fritou o rapaz na imprensa para depois saborear o empurrar do alto da torre para um posto figurativo.

Ambos saíram sem enfrentar politicamente o seu inquisidor e executor.

A rotina de formar um governo familiar continua apurada nestes antigos donatários, resta elucidar se os profissionais da imprensa oficial estão a serviço do conjunto sanguíneo provinciano para continuar o terrorizar.

A série da Torre continua........

Com imagem site Flickr

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

NOTA: RESPEITEM O VIDIGAL

Com Felipe Klamt

Há poucos dias atrás tomei conhecimento de uma nota contra o professor Edson Vidigal em um blog oficial da turma da futrica.

Poderia solicitar ao respeitado professor alguma informação, depois, bem, achei esta notícia uma perda de tempo.

Hoje, recebi um e-mail dos alunos do professor Edson Vidigal, advogado competente e ex-presidente de Superior Tribunal de Justiça, indignados e afirmando que:
Nota de repúdio ao blog do senhor Décio Sá

Os formandos da turma 2009.2 de Direito Matutino da Universidade Federal do Maranhão, através de sua comissão de formatura, vem a público expressar o repúdio a nota publicada no blog de Décio Sá (
http://colunas.imirante.com/decio/2010/01/22/notas-rapidas-91/#comments) intitulada ’’ Vidigal dá Calote em Alunos”.

Primeiramente vale ressaltar que a escolha do nosso patrono, paraninfo e demais homenageados de forma alguma esteve condicionada a qualquer tipo de ajuda financeira, não realizamos um “leilão” na idéia de auferir renda para a formatura como Décio de Sá deu a entender em seu blog.

A escolha para patrono, paraninfo e nome da turma foi realizada em votação pelos formandos e o Prof. Vidigal escolhido a ser patrono, e não paraninfo como erroneamente publicado, por ser um grande expoente do nosso Estado, na medida em que ocupou um dos mais altos cargos na carreira jurídica, digno de muito respeito e admiração.

Ademais, o Prof. Edson Vidigal nunca faltou com a palavra se mostrando sempre disposto a nos ajudar, cabe ressaltar que não era obrigado a isso. Portanto, a notícia publicada pelo blogueiro não tem qualquer fundamento.

Além disso, caso fôssemos listar todos os professores homenageados, constataríamos que a maioria deles não estava presente na cerimônia de colação de grau. De tal modo, paixões políticas a parte, defendemos o profissional e o professor Edson Vidigal e sua ausência em um evento não pode ser entendido como algo que o desprestigie.

Por fim, pedimos encarecidamente que o Sr. Décio de Sá tenha mais cuidado quando da publicação de suas notas, haja vista que as mesmas, caso publicadas sem informações verdadeiras, tiram não somente sua credibilidade, mas também ofendem e lesam a moral alheia.

Aline dos Santos Silva
André Luís Matias Pederneiras Ribeiro
João Oliveira Gama Neto
Thales Dyego de Andrade Coelho
Com a palavra quem quiser responder.

VAMOS COM HÉLCIO SILVA - ENTREVISTA EDSON VIDIGAL

Com Hélcio Silva

Eu gosto de relembrar fatos históricos para compará-los aos acontecimentos de hoje. Vidigal estava naquela euforia de deixar a presidência do STJ e dedicar suas forças para a campanha ao governo do Maranhão. Havia quem acreditasse e quem não acreditasse. Tudo ficou esclarecido no dia 29 de março de 2006, quando a deputada Helena Heluy fez, na tribuna da Assembleia, um discurso em homenagem 95 anos de emancipação do município de Barão de Grajaú, e, no fim de sua oratória, mudou o assunto do discurso afirmando:

“Quero dizer mais, Senhor Presidente, que hoje, a partir das 13h30, estará em nossa São Luís, despido da toga de Magistrado, o ex-ministro Edson Vidigal ou ministro aposentado Edson Vidigal. Ele vem para o Maranhão, para o seu estado, enfrentar as lutas eleitorais deste ano e vem colocando-se à disposição da classe política e do eleitorado maranhense para concorrer ao cargo de governador do Estado. E eu vejo nesta disposição do companheiro ministro, e digo companheiro porque conheço o Vidigal desde 1960, companheiro de profissão, jornalista, quando, ainda, como já disse, certa vez, de bicicleta, peregrinava por estas ruas de São Luís proclamando o desejo de ver, através dos meios de comunicação – antes como jornaleiro, depois como jornalista – este nosso estado livre de toda a opressão e dominação de um poder.”

Edson Vidigal, como relembrou a deputada Helena, era bom de bicicleta (será que vai fazer gol de bicicleta no Sarney?…). É advogado e professor de Direito, ativista político, jornalista, poeta, escritor e pré-candidato a Senador da Republica pelo Maranhão sob a legenda do PSDB. Ministro de três Tribunais Superiores (TFR, TSE e STJ) ao longo de 20 anos, encerrou sua carreira de magistrado como Presidente do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho da Justiça Federal, desincompatibilizando-se a tempo de se candidatar a Governador do Maranhão pela coligação PSB-PT-PC do B- PRB e PMN. Obteve 15% dos votos válidos, o suficiente para empurrar a decisão para o segundo turno, quando então apoiou Jackson Lago, do PDT, que foi o vencedor.

Hélcio – Como político experiente, que análise o nobre amigo faz da atual estrutura política maranhense, após a posse de Roseana no Governo?

Edson Vidigal – Positivamente, não há o que contabilizar. Esta senhora está no terceiro mandato querendo agora um quarto mandato consecutivo, o que é inédito na história do Brasil.Apesar dessas quadras todas de poder, o Maranhão é o Estado mais atrasado do Brasil, disputando com Alagoas, e ultimamente também com o Amapá, o primeiro lugar em tudo que não presta no Brasil.

Embora mulher, nem mais a face suave da oligarquia, que por algum tempo tentou encarnar, ela representa. Seu estilo autoritário de quem gosta de mandar, mas sem saber exatamente o que quer, só denuncia seu enorme despreparo. Ao contrário da Brigite Bardot, ela envelheceu antes, e graças a Deus, muito antes dos nossos sonhos.

Viver num Estado de Direito Democrático e Republicano no Maranhão é um sonho que nunca envelhece. Eu sei que a maioria dos moradores no Maranhão sonha e luta por isso, pela implantação da Republica e da Democracia, pela alternância dopoder em eleições livres e limpas. Sem isso nunca sairemos da pobreza política e do atraso social e econômico. Veja o Haiti e veja o Japão. Nos dois tem terremotos, aliás, no Japão tem quase todo dia. Mas no Japão não tem nem de longe essa catástrofe que estamos vendo no Haiti. A diferença é que o Japão investiu em educação, que é a base de tudo.

Sem educação não há cidadania, nem economia rentável, nem infraestrutura. No Japão, o povo está preparado, e bem preparado, para tudo.

Imagine um terremoto desse do Haiti no Maranhão. Talvez não faça muita diferença porque a longo prazo já vivemos como vitimas de um grande terremoto político, que produz numa população de quase 6 milhões de pessoas mais de 1 milhão e meio de analfabetos totais e que faz de mais da metade da população dependente do programa bolsa-família do Governo Federal.

Isso tudo é deprimente se considerarmos as grandes potencialidades naturais do Estado. O Maranhão é para ser governado como se fosse um País, mas isso depende de liderança, de conhecimento, espírito público, honestidade, e desprendimento. O Maranhão é um desafio maior que a planilha de qualquer aventureiro, que imagina poder tomá-lo às mãos e dominá-lo conforme a agenda do seu provincianismo e despreparo.

Hélcio – Muitas são as denúncias de corrupção que teriam ocorrido na gestão do então Governador Jackson Lago, incluindo, principalmente, os titulares da Casa Civil, da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Esportes. Isso enfraqueceu a candidatura do Dr. Jackson ao Governo do Estado?

Edson Vidigal – Eu também não ignoro essas conversas, que para mim não chegam a configurar denúncias. Denúncia tem que conter indícios suficientes de materialidade e autoria. Só com esses ingredientes deve ser acolhida e apurada. Há muita coisa vaga no ar, mas nada concreto, específico, como o que estamos assistindo, através do Diário Oficial, na atual temporada da senhora Murad Sarney.

Hélcio – O Dr. Edson Vidigal é mesmo candidato ao Senado da República? Por quê?

Edson Vidigal – Porque a transição do autoritarismo para a democracia ainda não se completou. Ainda temos quase 200 leis entre as ordinárias e as complementares para implementarmos às promessas da Constituição. O Senado, ademais, tem funções específicas e nós precisamos dar efetividade à Federação, que é o modelo proposto pela Constituição ao Brasil.

O Maranhão vai ganhar muito quando for respeitado em Brasília pela competência funcional, preparo intelectual, e pelas fichas limpas dos seus Senadores. Muito de estranho e ruim que está acontecendo no Brasil, como, por exemplo, esse exacerbado ativismo judicial, decorre da omissão do Congresso, em especial do Senado.

Nossas leis ou são mal feitas, direcionadas a alguns interesses específicos, ou nem são feitas, ficam só nas intenções, resultando daí as brechas das leis, também conhecidas como vacacius-legis. É nessas brechas que o Judiciário, por exemplo, legisla e o faz deforma ilegítima, muitas vezes prejudiciais embora de forma bem - intencionada. O problema é que os Juízes não foram imaginados para essas usurpações. Mas eles agem porque o Congresso se omite, o Senado entra no conluio e não está nem aí.

Você sabe quem processa e julga Senador e Deputado? O Supremo. Você sabe quem processa e julga Ministro do Supremo? O Senado. E quantos Ministros do Supremo o Senado em toda a sua historia já processou e julgou? Não sei de nenhum.

As instituições têm que funcionar de forma harmônica, mas independentes entre si. Quer ver outra tragédia que à falta de lei está quebrando empresas no Brasil e, portanto, gerando desempregos e travando o crescimento da economia?

Já não bastassem as distorções com que são interpretados os direitos trabalhistas, tem a penhora on-line em que Juízes, liminarmente, bloqueiam o dinheiro das empresas, dos seus diretores ou sócios, provocando um terrível desequilíbrio no fluxo de caixa, isso tudo para garantir um suposto direito sobre o qual não há ainda nenhuma aferição. Não há uma lei no Brasil regulamentando a penhora on line, que foi instituída apenas para dar eficácia à execução da decisão judicial transitada em julgado.

Eu vou querer, como Senador, abrir uma grande discussão no Brasil entre empresários e sindicalistas até encontrarmos um ponto de equilíbrio que nos permita, através de uma lei, acabar com esses abusos, em especial dos nossos bem intencionados juízes trabalhistas do primeiro grau.

Estou anotando num caderno, todo dia, toda idéia nova que me surge, resultado do que observo, sobre o que um Senador em tempo integral, como eu quero ser, que não tem negócio pessoal nenhum e nem interesse particular a postular no Governo, pode fazer em favor do Povo do seu Estado e a favor do Povo do Brasil.

Hélcio – O Ministro Vidigal vai ganhar mesmo essa eleição para o Senado?

Edson Vidigal – Estou otimista. Acredito que o nosso eleitorado já esteja maduro, em segmentos decisivos, para acolher um candidato com este perfil. Mas, por enquanto, sou apenas pré-candidato inscrito para os efeitos da lei no livro próprio do meu partido.

Tenho que enfatizar isso assim, senão vou ser multado por propaganda antecipada. Você está vendo que não é propaganda, mas aqui no Maranhão tudo acontece. Como diz o slogan da BandNews, em 20 minutos tudo pode mudar…

Hélcio – O Dr. Vidigal ainda pensa em governar o Maranhão, para tentar uma mudança na estrutura política, social e econômica do Estado? Quando? Na eleição de 1914?

Edson Vidigal – Não sei quando, mas penso, sim. Só quererei estar com a saúde física e mental que tenho hoje quando isso tiver que acontecer. Isso até me lembra a estória do sujeito que, de tanto ser subestimado em sua terrinha, um dia foi embora e anos depois, numa bela manhã, ele adentra o largo da festa da igreja buzinando um caminhão fazendo soar escandalosamente o refrão – flamengo, flamengo, tua glória é lutar… Todo mundo correu para ver aquele caminhão, as beatas, as baratas da igreja, e o padre leu no para-choque a frase que o horrorizou – eu quero é rosetar…

Tira esse caminhão daí, isso é ofensa aos bons costumes, prenderam o caminhão, o conterrâneo pagou uma multa, foi embora, mas no ano seguinte, na mesma festa do padroeiro, ele reaparece no seu caminhão buzinando o mesmo refrão – flamengo, flamengo, tua glória é lutar… O padre, e agora também o delegado, as beatas encantadas com o cara do caminhão, todos correm e quando o padre com o delegado ao lado quase se preparando para mandar prender o conterrâneo não sufoca a frustração com o que agora vinha escrito no para-choque do caminhão – continuo querendo…

Eu ainda vou continuar querendo. Mas sem pressa. Vivo a certeza de que isso irá acontecer. E como já disse, estarei preparado e só precisarei da mesma saúde física e mental de agora.

Hélcio – Apesar de sua amizade pessoal com o presidente Lula, mantida há alguns anos, o ministro não irá votar na ministra Dilma por ser filiado ao PSDB. Acontece que o governador Serra ainda não assumiu a condição de candidato, podendo até desistir. Nesse caso, na sua opinião, sendo um novo tucano, quem no PSDB substituiria o governador Serra?

Edson Vidigal – Não, não votarei na Dilminha. Temos uma relação pessoal antiga, de carinho e respeito mútuos, mas o meu partido terá um candidato, o Governador Serra.Pedi a um Ministro amigo comum que transmitisse ao Presidente Lula uma mensagem – é preferível um adversário do que um inimigo. Estou adversário, não estou inimigo.

Todos nós no PSDB trabalhamos a partir da idéia de que o Governador Serra será o nosso candidato a Presidente da República.

Hélcio – Essa última pergunta vai mexer na estrutura oposicionista. O Sr. acredita na reorganização da Frente de Libertação com uma candidatura única para enfrentar Roseana Sarney? Roseana vai ganhar a eleição?

Edson Vidigal – Defendo que a eleição para Governador no Maranhão deva ser plebiscitária, ou eles, da oligarquia, ou nós. Essa idéia de Frente está meio desgastada. Estamos trabalhando uma coligação que forme um arco, o maior possível, de partidos que se opõem ao atraso do Maranhão. A candidatura será possível, sim.

No momento os partidos estão combinando deletar todas as candidaturas para que, após consumada a unidade, se chegue ao nome de consenso, que melhor atenda às expectativas e crenças populares. Pessoalmente, acho que, no momento, do lado de cá, quem ainda reúne as melhores condições para empunhar essa bandeira e vencer é o Jackson. A Roseana tem mais rejeição do que aceitação.

Gente de lá de dentro me contou que o pai dela está querendo tirá-la da candidatura para entregar o sacrifício ao Lobão, que teria como vice o Zequinha, que assim abriria o espaço da imunidade para o Fernando. Todo empenho do pai dela hoje é para salvar o Fernando, o filho do meio.

Com postagem no Portal Mhário Lincoln do Brasil
Com acesso Blogs Parceiros do Blog Com Continuação
Com foto Felipe Klamt - Tomon - 2009

FLORESCER DO BURITI


Com foto Felipe Klamt em Presidente Juscelino - MA - 2009

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

DEZ MANEIRAS FÁCEIS PARA PREPARAR UM SER INCONSEQUENTE

Com Autor Desconhecido

01. Comece na infância a dar a sua filha tudo o que ela quiser. Assim, quando crescer, ela acreditará que todos têm obrigação de dar a ela tudo o que desejar. Se não derem, ela assalta!

02. Quando disser nomes feios ou fizer gestos obscenos, ache graça. Isso a fará considerar-se interessante, embora todos a achem problemática. Quando ela chorar e chantagear, ceda aos desejos dela. Assim, anteveja a "cara" em que se tornará.

03. Nunca dê a ela orientação religiosa. Espere até que ela chegue aos 21 anos e "decida por si mesmo".

04. Além de arrumar a cama dela, apanhe tudo o que ela deixar jogado: livros, sapatos, roupas etc. Faça tudo para ela, para que aprenda a jogar sobre os outros a responsabilidade dela.

05. Discuta com freqüência na presença dela. Assim, não ficará muito chocada, quando o lar se desfizer mais tarde.

06. Dê a ela todo o dinheiro que ela quiser. Nunca a deixe ganhar seu próprio dinheiro. Por que terá ela de passar pelas mesmas dificuldades por que você passou? Ela achará mais fácil ser assaltante, para manter seu vício na malandragem e outras desgraças.

07. Satisfaça todos os desejos dela: comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.

08. Tome partido dela contra seus vizinhos, professores, policiais, familiares etc. Todos têm má vontade para com sua filhinha! Só você a entende!

09. Quando se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: "Nunca consegui dominá-la!". A polícia, sem pena nem dó, conseguirá, com certeza.

10. Prepare-se para uma vida de desgosto e de tragédias! É a sua colheita.

domingo, 24 de janeiro de 2010

VAMOS COM O JOÃO - VENCIDOS, MAS NÃO DEGENERADOS

Com Joãozinho Ribeiro

“A história não é uma ciência e não tem muito a esperar das ciências; ela não explica e não tem método, melhor ainda, a História, da qual muito se tem falado nesses dois últimos séculos, não existe”

O autor desta afirmação, Paul Veyne, é professor do Collège de France, doutor em Letras e especialista em história da antiguidade Greco-romana, nascido em 1930, na cidade de Aix-en-Provence, na França. O texto integra a introdução do livro que contém dois ensaios seus, reeditados recentemente pela Editora Universidade de Brasília: “Como se escreve a história” e “Foucault revoluciona a história”.

Com o respeito devido ao vigoroso ensaio que o mestre francês desenvolve no referido texto, onde trata, preliminarmente, do objeto da história, para em seguida tecer considerações sobre as diversas formas de sua compreensão, e finalizar com a noção de progresso histórico do ponto de vista sociológico, não nego que acendeu em minha memória uma surrada e oprotuna pergunta: afinal, o que é a história?

Como se escreve a história dos indivíduos numa sociedade desigual como a nossa? Que vultos merecem figurar no panteon das nossas considerações? Que atos praticados em diferentes épocas poderão permanecer como relevantes para as gerações presentes e vindouras, como símbolos da solidez de caráter e da generosidade humana em relação aos seus praticantes?

A história não tem sido generosa com o reconhecimento dos vultos maranhenses que a viveram e contaram. Traço ilustrativo desta minha inquietação é a tremenda dívida que o nosso estado possui com muitos dos seus filhos ilustres, no que respeita ao papel que desempenharam em circunstâncias difíceis, contribuindo com suas ações, enquanto sujeitos desta história, para a superação das relações vexatórias de semi-feudalismo a que nossa população permaneceu e ainda, em boa parte, permanece submetida.

Alguns destes “símbolos vivos da nossa nação” se projetam para além dos bons e maus tempos, como os guerreiros do Poema Sujo de Gullar, agasalhados em nossas consciências feitos exemplos de vida e dignidade, porém sem o justo reconhecimento público, e muitas das vezes até banidos do teatro das memórias, cujas cenas, cada vez mais, parecem ser apropriadas pelo monopólio e pelo protagonismo daqueles que só contribuíram para atirar na lata de lixo da história a própria História do Maranhão.

Faço essa leitura após uma releitura do livro “Vencidos e Degenerados”, do imortal escritor maranhense, Nascimento Moraes, saudado por um outro francês, Jean-Yves-Mérian, professor da Universidade da Alta Bretanha e autoridade crítica da obra de um outro maranhense, Aluizio de Azevedo, que assim se expressou nas primeiras páginas da 4ª edição, publicada no ano de 2000, em comemoração à passagem dos cem anos do nascimento do Professor Nascimento:

“Graças a um estilo onde a vivacidade dos diálogos permite-nos apreciar certas descrições demasiado longas, o escritor faz-nos descobrir com realismo os mecanismos que animam esta sociedade conservadora, medíocre, impregnada de idéias racistas e de toda sorte de preconceitos.

Aos que conheceram O Mulato a leitura de Vencidos e Degenerados traz a impressão de um mundo já conhecido e também a concepção de um sentimento de impotência de uma cidade decadente que vive da lembrança da época em que era a terceira metrópole do Brasil. Certas passagens desta crônica da vida do Maranhão são verdadeiros documentos sociológicos”

Esta breve introdução se associa ao atual momento, em que se misturam combates truculentos à 3ª edição do Plano Nacional dos Direitos Humanos e a um personagem que ao mesmo tempo é tema, sujeito e co-autor de uma das mais belas páginas escritas da História do Brasil – Neiva Moreira – deputado federal, preso político, perseguido, exilado, anistiado, que dedicou toda sua exemplar existência ao combate às injustiças sociais perpetradas pelos donos do poder em nosso estado e a luta incansável a favor das liberdades democráticas em nosso país, estendendo-a a muitas outras nações, contra a dependência colonial implantada a ferro e fogo pelas grandes potências imperialistas da época.

É de Neiva Moreira o histórico e brilhante discurso proferido na Câmara Federal, em 1958, pesaroso pelo falecimento do Professor Nascimento Moraes, de cujas laudas extraio o trecho, com o qual encerro este artigo, desejando o rápido e pleno restabelecimento da saúde do seu autor, um dos maiores vultos da história política deste nosso Maranhão, que tive a grande honra de dirigir as palavras de saudação, na condição de representante estudantil, quando da sua volta do exílio, em 1979:

“Falo-vos, sim, da tristeza que se abateu sobre a minha terra, com a morte sentida desse notável maranhense, que só dispunha de uma arma, a inteligência, legando-nos o exemplo excepcional de uma vitória revolucionária contra o preconceito de cor e da riqueza, num meio onde velhas praxes aristocráticas, herdadas da Colônia e do Império, não permitiu acesso fácil aos que, como Nascimento Moraes, preto e pobre, humilde e sem proteção, tinham que abrir caminho rompendo a floresta a golpes de talento e pela bravura moral”.

Que essa bravura moral do Neiva e do Nascimento possa servir de farol para a presente e futuras gerações do nosso sofrido estado.

Como militante da Cultura e dos Direitos Humanos

NATUREZA EM PJ

Com foto Felipe Klamt em Presidente Juscelino - MA - 2008

sábado, 23 de janeiro de 2010

CHARGE QUE LEMBRA A FOME DAS NOSSAS CRIANÇAS

Com arte Gabriel Souza

LULA VAI ABANDONAR O SARNEY?

Com Felipe Klamt

O presidente Lula tem aceitado e respondido de forma grosseira as provocações do PSDB. Fato que voltou a se repetir esta semana com o petista chamando o tucano Guerra de babaca.

Mais do que provável o crescimento do candidato José Serra na corrida presidencial, principalmente com tantos escândalos promovidos pelos aliados da cara Dilma.

O senador Sarney tem vivido o seu pior inferno astral a partir do seu golpe para tomar a presidência do senado do Partido dos Trabalhadores, as denúncias parecem não ter fim para o chefe familiar.

Novamente a sua família foi alvo de investigação pela Polícia Federal com dados apanhados com um alto executivo da Camargo Corrêa, sem esquecer o início dos trabalhos parlamentares que vem com a cobrança da mentira do senador Sarney que afirmou nunca ter empregado parentes no seu gabinete. Como uma irmã pode destruir uma carreira.

Sabemos que o Serra tem gana na família Sarney que usufruiu do governo de Fernando Henrique e depois saltitou para a tresloucada idéia de fazer a filha um tipo presidente, o resultado foi a operação Lunus que destruiu o sonho da organização.

Como o Serra utiliza interlocutores para atazanar o blindado Lula e sabemos que esta tática pode transformar o presidente em vítima com a aproximação da eleição, nada mais natural que os tucanos iniciem os ataques periféricos. Quem estaria mais volúvel neste momento?

O Sarney está em um cargo de destaque, com a opinião pública e a imprensa nacional contra a sua forma dinástica de ser e tantos fatos policiais o cercando torna-se a presa mais fácil para ser massacrada. Pode espirrar na candidata Dilma.

Nada mais natural na política que abandonar à própria sorte os aliados que podem atrapalhar um projeto de poder. É uma questão de tempo para assistirmos esta situação nacional que enfraquecera o palanque estadual.

Com imagem Patryck Schneider

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

VAMOS COM ZÉ REINALDO - DÉCADA PERDIDA

Com José Reinaldo Tavares

Soube que Roseana Sarney, aquela que ocupa o governo do estado em temporada patrocinada pelo TSE, perdeu as estribeiras recentemente quando soube que a Secretaria de Planejamento do seu governo publicou no mês passado o “Indicadores de Conjuntura Econômica do Maranhão”, analisando dados do IBGE sobre a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), mostrando que durante o seus dois períodos de governo passados, além do de Edson Lobão, atual Ministro das Minas e Energia do governo Lula, o Maranhão teve um dos piores indicadores de crescimento de sua história. Isso foi na década de 90.
De fato, nesse período o Nordeste cresceu 157% a mais que o Maranhão e o Brasil cresceu 50% a mais. A Secretaria de Planejamento, ao fazer a análise dos dados, deu seu parecer sobre os desgovernos daquela década: Escreveram assim: “Foi a verdadeira década perdida para o Maranhão”, uma verdadeira sentença. E com toda a razão. Nada mais isento e correto tecnicamente. A publicação ainda foi prefaciada, “sim, senhor”, pelo próprio Secretário de Planejamento Gastão Vieira.

Mas como ser diferente? Exatamente nessa mesma época é que o Maranhão se colocou em último em todos os indicadores sociais, em renda per capita e em relação ao PIB.
A raiva de Roseana Sarney Murad foi maior ainda quando os técnicos escreveram sobre o período entre 2002 e 2007. Ali, o Maranhão inverteu a tendência e passou a crescer mais que o Nordeste( + 153%) e do que o Brasil( + 172%). Como o Maranhão cresceu muito mais que o Nordeste e do que o Brasil, não houve como a máquina de propaganda da oligarquia dizer que esse crescimento só foi tão alto por causa dos programas do governo federal. Claro! Como dizer isso, se crescemos muito mais?

Roseana Sarney ficou furiosa porque ela que vive de mídia e nada podia dizer. O Secretário, dizem, escutou poucas e boas...

Agora, imaginem: um membro do seu próprio governo elogiar o período da minha gestão e criticar duramente o dela? Ficou apoplética! Será que ela acredita em sua própria propaganda?

E José Sarney? Ele deve ter sentido mais do que tudo a matéria do LE MONDE, jornal francês lido no mundo inteiro, importante planetariamente. Logo na França, onde ele muito se esforça e se esforçou para projetar uma imagem de estadista e intelectual, e que tinha como amigo Maurice Druon, Presidente da Academia Francesa, que sempre o recebeu muito bem e que lhe facilitou contatos e lançamentos dos seus livros no país. O tema da matéria jornalística impressiona: “Sarney é líder de uma máfia familiar no Maranhão”.

A notícia circulou assim na internet: “O jornal francês “Le Monde”, que circula nesta quarta-feira (13), publica uma reportagem que trata sobre a corrupção nos governos de esquerda na América Latina. O título da matéria é “As esquerdas da América Latina confrontadas com a corrupção”.Após falar sobre a situação da Argentina, onde uma ação judicial que investigava atos de corrupção da presidente Cristina Kirchner foi arquivada pela Justiça, o artigo trata da situação brasileira e diz, literalmente: “No Brasil, o presidente do Senado, José Sarney, foi flagrado com a mão na botija em alguns casos de corrupção, de empregos fictícios, e de outras ‘indelicadezas’.

Antigo líder do grupo parlamentar que dava sustentação à ditadura militar (1964-1985), e em seguida o primeiro presidente civil após a morte de Tancredo Neves antes da posse, José Sarney é “o cabeça de uma verdadeira máfia familiar no Maranhão”. O jornal ainda acrescenta que o presidente Lula salvaguardou o senador maranhense, em nome da manutenção da coalizão governamental, “mesmo ele representando o que há de pior na classe política brasileira”.

Para ele, isto foi muito pior do que o que escreveu a respeitadíssima revista inglesa “THE ECONOMIST”, que o chamou de político medieval e coronel eletrônico que dominava o Maranhão pelo medo e pelo poder e que descreveu a situação sob a sentença de que “no Maranhão os dinossauros ainda vivem”.

É isso o que estará em jogo neste ano. Entregar o estado a essa oligarquia atrasada e malfazeja, ou lutar para realizar o sonho de termos um Maranhão livre, justo e dirigido com seriedade. Isto para finalmente nos libertarmos do que é mais nocivo ao nosso estado, que nos atrasou tanto e que nos lega uma imagem, hoje mundial, de atraso, submissão e corrupção.

O mundo já tomou conhecimento.

Está faltando, novamente, uma atitude do povo do Maranhão.E o destempero continua...
Roseana passou por dois grandes constrangimentos na posse da OAB na quarta feira passada. Primeiro foi na fala de Cesar Britto, Presidente Nacional da OAB. Este comentou que em Brasília era um escândalo atrás do outro, crimes grandes e pequenos todos os dias, e que essas pessoas circulavam por toda a parte como se não fosse com eles. Disse ainda que era uma vergonha a censura imposta ao jornal O Estado de São Paulo e que lembrava o tempo dos militares. Ela, visivelmente embaraçada, fazia cara de paisagem, como se não fosse com ela.

Depois foi a vez do seu sobrinho, Mário Macieira, tomar posse como Presidente da Seccional OAB no Maranhão. Ele começou por agradecer nominalmente aos membros da família, sem citá-la. Foi então que veio o pior: O empossando avisou a ela, no meio do discurso, que a primeira representação da OAB sob seu comando seria contra o governo dela, defendendo um advogado que teria sido maltratado por um adjunto de uma secretaria no exercício do seu trabalho.

Na verdade, Roseana Sarney sempre tem grandes problemas quando as solenidades em que está presente não são controladas por ela e seu séquito. Ou seja, está muito sujeita a ouvir coisas desagradáveis. É por isso que ela tem evitado ao máximo ir aonde é convidada, enviando invariavelmente representantes.

Pois bem, para terminar, a refinaria. Todos esperam que esse projeto seja irreversível, mas não podemos perder de vista que trata-se de um projeto nacional inteiramente vinculado ao Pré-Sal, do qual Roseana Murad quer tirar proveito político. Ela é impelida, face ao desespero e insegurança em que se encontra e por medo de perder novamente as eleições para o governo do estado, a pressionar o presidente Lula a vir aqui para lançar a “Pedra Fundamental” e iniciar a supressão da vegetação do terreno. Isto mesmo contrariando o presidente da Petrobrás, Sergio Gabrielle, que disse várias vezes (incluindo o seu depoimento na Câmara dos Deputados) que a refinaria não era para agora, porque ainda não existiam estudos indispensáveis para projeto de tal envergadura.

Assim, o presidente Lula é obrigado a repetir o que já ocorreu em Pernambuco. Ali, as obras da refinaria, mesmo após cinco anos da terraplanagem, encontram-se estagnadas.
Mais isso não seria novidade... Se o que já falamos aqui inúmeras vezes acontecer, Roseana estará apenas repetindo posturas como a de 1996, quando trouxe o presidente Fernando Henrique Cardoso para inaugurar a Fabrica de Confecções de Rosário. O empreendimento infelizmente só funcionou no dia da inauguração, mas para ela tudo bem, pois como sempre nada tem a ver com ela. O que quer é poder fazer propaganda e dizer que está trabalhando...

Esse ano de 2010 tem tudo para ficar definitivo e marcante na história do Maranhão!

Com foto Felipe Klamt 2009

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

VAMOS DE LUIZ PEDRO - NA MARRA

Com Luiz Pedro

Zero de presos em delegacias

Com o objetivo de acabar com a grande quantidade de presos nas delegacias policiais de todo o Brasil, o presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Gilmar Mendes, anunciou que o órgão que preside vai criar a meta zero, ou seja, zero de presos em delegacias.

A ideia é criar cadeias adequadas para os presos provisórios, a fim de evitar o acúmulo de detentos nas delegacias, explicou o ministro Gilmar Mendes.

O problema é nacional e de grandes proporções. Atualmente, há no Brasil 470 mil detentos, dos quais 220 mil são provisórios, que abarrotam as delegacias policiais de Norte a Sul do País. Com isso, agentes e delegados de polícia são desviados de suas funções para se transformar em carcereiros e deixam de ir para as ruas combater a criminalidade crescente.

Segundo o ministro Gilmar Mendes, a meta zero será atingida com um conjunto de ações que vão da construção de cadeias públicas e casas de custódia até a revisão de procedimentos no Judiciário para evitar que prisões em flagrante sejam prorrogadas indevidamente.

O Maranhão, durante o governo Jackson Lago, foi pioneiro nesse tipo de iniciativa. Os presos provisórios foram retirados das delegacias e levados a cadeias públicas voltadas para esta finalidade.

Com o retorno da oligarquia ao poder, a situação sofreu um retrocesso e as delegacias voltaram a se povoar de detentos. Com isso perdem todos: sociedade, policiais e presos.

Agora, com a determinação do Conselho Nacional de Justiça, o Maranhão vai a reboque de uma decisão de caráter nacional, ao invés de ser modelo de inovação e pioneirismo. É a triste realidade atual.

Com Central de Notícias, repórter-cidadão, dá a sua opinião.

domingo, 17 de janeiro de 2010

AS IMAGENS NÃO MENTEM E NEM CHEIRAM

Com Felipe Klamt

Não fui convidado para a festa da cerveja, desculpe, da refinaria Premium. Nem poderia ser convidado, ela não gosta de mim. Nem sua filha gosta.

Gosto muito de fotografar, acredito na mágica do registro de imagem como forma de expressarmos e entendermos os fatos que acontecem no Maranhão.

Tomei a liberdade de postar esta foto, com o devido crédito, pois nunca imaginei que o “cara” Lula acompanhado da sua outra “face” Dilma passaria por tanto mal-estar.

Talvez os que postaram esta fotografia não tenham tido a capacidade de interpretar as imagens da forma real. E olha que eles foram convidados mesmo sem terem sido tratados como Vossas Excelências pela turma do Lula.

Não chora Lula......
Como não chorar, minha cara, tendo que cheirar a inhaca da oligarquia
Com foto de Biaman Prado

LOBÃO MATOU O DONO VELHO

Com Felipe Klamt

“Há pouco mais de 40 anos, o Maranhão era um território imenso, com uma população considerável, porém não tínhamos sequer uma universidade”, afirmou o ministro, depois complementando. “Foi quando veio para o governo um velho idealista, inteligente, político notável e competente, o doutor José Sarney. Inaugurávamos ali um tempo diferente para o estado do Maranhão”, acrescentou.

Palavras do ministro Edison Lobão querendo agradar o Sarney, dizendo que a refinaria seria a segunda revolução. A primeira foi feita pelo "velho" governador Sarney na época do golpe militar há aproximadamente 40 anos. Todo este tempo?

Coitada da nossa terra.


Com publicação no sistema Mirante - http://imirante.globo.com/noticias/pagina228673.shtml

VAMOS COM O JOÃO - SER HUMANO É TER DIREITOS!

Com Joãozinho Ribeiro

“nenhum acordo decente pode ser feito à custa da dignidade humana”
(Fábio Konder Comparato)


Preparava-me para me debruçar sobre a elaboração de um artigo sobre Direitos Humanos, nesta manhã ensolarada e solitária de Brasília, após uma sessão de leitura matinal de jornais e revistas, quando os meus olhos se depararam com a resenha do livro do companheiro do Ministério da Cultura, Célio Turino, lançado recentemente, “Ponto de Cultura: O Brasil de Baixo para Cima”, oriunda da lavra do poeta Hamilton Faria.

Encravada na última página do Le Monde Diplomatique Brasil, edição de janeiro de 2010, sob o título “A Poética de um Brasil Des-Silenciado”, encharcou meu domingo de alegria e de uma indomável esperança nas lições de humanismo que a sua alma sensível sempre foi capaz de compartilhar com as pessoas, através de valores fincados no desenvolvimento humano, pródiga de generosidade, invocando a cultura da paz e o reencantamento do mundo.

Nos últimos tempos, tenho revisitado insistentemente o legado de ensinamentos deixados pelas inovadoras gestões culturais implementadas no país, e a gestão do ministro Gilberto Gil cabe como exemplo concreto de algo que talvez só consiga ser plenamente compreendida e assimilada por pesquisadores e militantes culturais daqui a alguns anos. Imbuído deste espírito de compartilhamento e cumplicidade cultural repasso aos leitores desta coluna, na íntegra, a primorosa resenha elaborada pelo poeta Hamilton Faria sobre o livro do Célio:

“Quando o ministro Gil, em seu discurso de posse, afirmou que a cultura precisava mudar e que era necessário massagear os pontos vitais do país, operando um verdadeiro Do-in antropológico, sabia que essa não seria uma tarefa fácil, mas não imaginava a riqueza conceitual, teórica, de políticas públicas e de novas poéticas que o processo desencadearia. O livro de Célio Turino, secretário da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, traz contribuição decisiva para o entendimento definitivo da proposta dos Pontos de Cultura, e mostra que é possível fazer cultura “sem dirigismo, centralismos ou caminho único”. No entanto, Ponto de Cultura é mais que uma política pública em processo de construção: é teoria política, movimento sociocultural, gestão compartilhada, trabalho em rede. São mais de 2 mil Pontos, com milhares de pessoas envolvidas em todo o território nacional, em grupos, redes, coletivos, organizações, movimentos já existentes – com presenças das culturas ancestrais, protagonismo jovem, de novas manifestações estéticas, movimentos de caráter identitário de mulheres e homossexuais, movimentos associativos e reivindicatórios, arte erudita, pesquisa em linguagens, cultura de paz. São índios fazendo filme, jovens que fazem arte, surdos no teatro. O livro delineia, com riqueza de exemplos, conceitos, poemas, depoimentos, pesquisas e dados históricos, uma poética de um Brasil “des-escondido” e “des-silenciado”, propondo um cenário do bem comum como valor da civilização.

Reflexão sociológica, história, crônica, autobiografia, literatura, indagação existencial? “Deixei meu pensamento entrar no deserto, no lugar em que só o essencial faz sentido” diz Célio. O poeta-gestor fala também em compaixão na política. O livro é um mosaico de temas e imagens. Antes de tudo, emotivo, plenamente humano, vivo.

A conclusão definitiva é aquela revelada em sua autoentrevista, quando afirma: “Eu sou um Ponto de Cultura”. Como poetiza Mário Quintana: “Tudo o que eu toco se transforma em mim”. Célio é criador e criatura. E tudo isso já é Brasil. Areté!*”.

*Em tupi, significa dia festivo; em grego, virtude, excelência.

Nos breves dias que precedem com certeza os dois maiores atos culturais brasileiros previstos para o cenário do primeiro trimestre de 2010 - 2ª Reunião Púbica Mundial da Cultura, de 26 a 29 de janeiro, em São Leopoldo-RS, integrante da programação do Fórum Social Mundial; II Conferência Nacional de Cultura, de 11 a 14 de março, em Brasília-DF -, o jornal “O Estado de São Paulo”, na edição deste domingo (17/01), publica uma matéria pejorativa sobre a II CNC, primando pela sua antecipada desqualificação, tendo como dissimulado pano de fundo uma afronta ao terceiro Plano Nacional dos Direitos Humanos, de onde os Direitos Culturais despontam como parte integrante.

A questão dos Direitos Humanos, não só no Brasil, mas em quase todo o mundo é uma questão delicada, não consensual e que causa sempre “colisão de direitos” quando colocada na agenda política de qualquer país, principalmente daqueles que passaram por regimes autoritários, e muito mais pelos que ainda guardam resquícios de história escravocrata e de dizimação de populações nativas, como é o nosso caso.

Um bom ensinamento sobre o tema nos legou o jurista e filósofo italiano Norberto Bobbio, afirmando serem os Direitos Humanos, em suas gêneses, direitos históricos, frutos de lutas e conquistas sociais e políticas, que ao longo do tempo estão sempre em construção e, às vezes, até em desconstrução, em virtude de não mais atenderem aos reclamos sociais da época, e da própria evolução das diferentes sociedades. Não são portanto naturais, ou dádiva de alguma divindade.

Sei muito bem do que falo, pois sou sócio-fundador da Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos, que no próximo dia 12 de fevereiro completa 31 anos de existência. A simples invocação de tais direitos à época da sua fundação, no meu estado atrasado, era recebida à base da bala, literalmente, pelos jagunços, defensores dos interesses dos coronéis latifundiários. Naquele tempo, a militância em prol dos Direitos Humanos era praticamente uma sentença de morte anunciada, e muitos sucumbiram, sem que até hoje houvesse a punição ou simples reconhecimento dos responsáveis.

As conferências públicas são espaços participativos mundialmente consagrados, se constituindo, por excelência, na forma de concertação adotada pela Organização das Nações Unidas para tratar das questões de relevante interesse mundiais; como é o recente caso da Conferência de Copenhague, que pautou as questões climáticas, assim como a Conferência Mundial dos Direitos Humanos, realizada em 1993, que teve como principal resultado a Declaração de Viena, hoje tendo muitos dos seus artigos incorporados pelas Cartas Constitucionais de mais de uma centena de nações integrantes da ONU.

As conferências servem também para moldar o mais legítimo cimento da coexistência humana entre os indivíduos e comunidades, traduzido no respeito à cultura do outro, na promoção e proteção da diversidade das expressões culturais, tão bem expostos pelas palavras singelas de D. Zilda Arns, com as quais faço questão de encerrar este artigo e expressar as minhas sinceras e sentidas homenagens:


“Ao fortalecer os laços que ligam a comunidade, podemos encontrar as soluções para os graves problemas sociais que afetam as famílias pobres. A sociedade organizada pode ser protagonista de sua transformação”.

Como Militante pela Vida

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

É PEDRADA - TERRAPLANAGEM NO CHEIRO

Com Felipe Klamt

Rapaz, a piada que corre na cidade é que o Lula veio autorizar a terraplanagem para encobrir um monte de cagadas feitas em 40 anos. Bem ao estilo gato.


Muito boa.

CARNAVAL A LA SARNEY

Com Felipe Klamt

Parece que vai ter um concurso de música para o carnaval eleitoral do atual governo estadual.


Parece que uma música em homenagem ao que já foi tudo e quem sabe novamente presidente desta república tem chance de vencer.

Parece que os autores e o intérprete da música estão dispostos a vir concorrer e quem sabe ajudar a infernizar a vida dos enfermos na Rua do Passeio.

A música ainda aparece no youtube, vale conferir enquanto não cortam a graça do bigode.

http://www.youtube.com/watch?v=YbImIEM3AB4

NOVA PESQUISA, É VERDADE?

Com Felipe Klamt

Nesta terra em que fofoca e futrica amanhece na mesa do café dos políticos maranhenses toda notícia nova tem 10% de credibilidade. Quando tem.

A última que corre na cidade tem a ver com uma pesquisa que possivelmente foi feita por uma empresa especializada, tendo como possível cliente o governo estadual. No levantamento de intenções de votos a Roseana Sarney estaria com 44%, o Jackson Lago com 23% e o Flávio Dino com 19%.

Caso esta pesquisa seja confirmada, fica a certeza que com toda a montanha de dinheiro gasto em publicidade pelo atual governo a candidata Roseana continua com um único problema: Cre-di-bi-li-da-de.

Quanto aos números do governador Jackson Lago, fica visível que a coleta de dados não foi realizada nas suas áreas de maior votação.

Parece que o Flávio Dino vai obrigar a turma de ocupação a aumentar em miligramas as doses de Lexotan e provocar o segundo turno nesta eleição.

Não sei exatamente se estamos caindo na velha armadilha das vontades políticas ou se a fonte acordou com uma vontade do capeta de infernizar a vida dos políticos de plantão.

BLOGS NECESSÁRIOS

Com Felipe Klamt

Postamos o blog do Fórum Estadual de Juventude para fortalecermos e ampliarmos as lutas e conquistas da juventude maranhense, vamos debater muito este tema em 2010.

O outro blog que estamos postando é de uma figura que nasceu para ser polêmico. Coitado de quem cair na sua rede de comentários. Brincadeira a parte, estou falando de Emanoel Viana que continua mais afiado do que nunca.

Vale olhar e acompanhar.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

MEDO DE TACA

Com Felipe Klamt

Na segunda ele desistiu, na terça vai ser deputado federal, na quarta o partido tem outros planos, na quinta vai ser senador, na sexta o Lula não vai deixar, no sábado............

Parece que não surge mais efeito as determinações da família Sarney na vida dos políticos, todos os dias os seus agentes da intriga disseminam uma nova mentira sobre as vontades dos que não beijam as mãos do Dom. Quando não futricam sobre os destinos dos aliados.

Algum tempo atrás o deputado Flávio Dino falou que ele estava após a era Sarney, foi uma pancadaria de todos os lados. E olha que não faltou aliado de esquerda dizendo que o jovem parlamentar tinha surtado em não considerar o grupo dominante como um perigo permanente.

Nesta época a atual governadora estava fora do governo, tinha levado uma surra do povo maranhense. Parece que não ficou convencida que faz parte de um passado que deve ser ensinado nas escolas como um mal a não ser repetido, chorou, chorou e o papai tomou na marra o Palácio dos Leões.

Talvez o Sarney viva os últimos suspiros de mandatário. Mais sobrevive e tem novamente o poder.

Diversas vezes lemos e escutamos o Flávio Dino dizer, afirmar, reafirmar e confirmar que é candidato ao governo do Maranhão.

Hoje, novamente, ele escreveu afirmando a sua disposição de enfrentar a luta para ser o governador desta terra que sonha ser livre da ocupação judiciária.

Começo acreditar que o grupo político comandado pelo Sarney vai ficando cada vez mais apavorado com o crescimento deste jovem político. Deve ser medo de levar uma nova taca da oposição.

Muitos dos eleitores que vão acompanhar o Flávio na próxima eleição acham que à hora de afirmar já passou, todos tem certeza da sua determinação.

O mais importante neste momento é apresentar um projeto de mudança para este povo sofrido, sem esquecer de manter a cordialidade com a esquerda. Os cascudos de campanha devem ser para as cabeças conservadoras.

Recebi da sua assessoria de comunicação um texto afirmativo do candidato Flávio Dino:


Com Flávio Dino

Intensificaram-se nos últimos dias os debates acerca de minha pré-candidatura a governador.

Isso é muito bom, pois demonstra o enorme potencial de polarização e crescimento da candidatura.

Reitero mais uma vez a nossa crença fundamental: a esquerda maranhense, o campo democrático-popular, os progressistas precisamos ter uma alternativa própria na eleição estadual do Maranhão.


Uma alternativa que nos tire do atraso, olhando para a frente, para o futuro. Não há nenhum fato novo que altere essa visão, já tantas vezes manifestada.

Sou o presidente estadual do PCdoB e componho a sua direção nacional, inclusive a comissão executiva (comissão política nacional). Em todas as instâncias partidárias temos debatido a situação do Maranhão, e até aqui as deliberações são todas no mesmo sentido: manter a pré-candidatura e viabilizá-la, com a celebração de alianças políticas e sociais.

Subjetivamente, estou feliz e tranquilo, pronto para uma grande batalha. Quando decidi renunciar ao cargo de juiz federal, depois de 12 anos de exercício de tão estimada função, demonstrei estar disposto a desempenhar todas as tarefas que fossem necessárias para a construção de um Brasil e de um Maranhão à altura das nossas esperanças.

Portanto, qualquer mudança de rumos não depende da minha vontade pessoal. E sim de um debate amplo e público, no âmbito do meu partido e dos demais partidos que manifestam uma simpatia inicial em favor do meu nome.

Assim seguiremos, sem ansiedades, e com muita dedicação à causa da transformação de nossa sociedade.

Mais uma vez, aí vai: o PCdoB apresenta a pré-candidatura de Flávio Dino para governador do Maranhão. E eu aceito, com muita alegria e disposição.


Com foto Felipe Klamt - Congresso Estadual do PC do B 2009

domingo, 10 de janeiro de 2010

MACROSMIA DO LULA

Com Felipe Klamt

Temos que seguir as regras de um hospital para visitarmos uma pessoa internada, tem os dias e horários certos, não estar com nenhuma doença contagiosa, deve ser curta e principalmente devemos falar palavras de incentivo sem alterar a voz.

Caso o doente esteja com uma doença grave ou terminal o indicado é evitar as visitas, bastando somente fazermos as nossas orações para o pleno restabelecimento do enfermo.

Estão anunciando mais uma visita do Lula ao Maranhão no próximo dia 15 de janeiro. Dia do Adulto. Parece lorota, melhor, já virou piada de esquina à facilidade que a Roseana determina as visitas do presidente do Brasil ao Maranhão.

Temos que acreditar que o Lula ainda continua com a sua independência em relação a esta turma de ocupação. Sabemos que não existe homem público com a imagem mais blindada neste país, então, fica evidente que ele vem por decisão própria e para eternizar o grupo político dominante.

Político vivido, que passou por todas as agruras e amadureceu vendo e criticando os que querem ser perpétuos, ficou adulto, está na história. Caso continue sendo visto com este pessoal corre o risco de ter a sua trajetória lembrada pela sua ânsia de poder e a facilidade que permite ser manipulado pelos conservadores.

O poder da continuidade é sempre maior em uma terra que todos os índices apontam para a miséria, a bolsa família dos petistas, criada pelos tucanos, ameniza a dor de um povo que sobrevive com o mínimo dos direitos básicos.

Vale uma investigação antropológica de qual fenômeno causou esta mudança radical, normalmente os que rompem estão entre os que não concordam com formas opressoras de dominação popular. Imagem alguém que começou lutando contra estes modelos.

Parece que o motivo desta viagem será o início da refinaria. Tal qual o seu filme, este evento deve servir somente para promoção eleitoral.

O Maranhão não está terminal, existem remédios eficazes para as suas doenças. Esperamos que o visitante faça uma consulta ao otorrinolaringologista para que não sinta cheiros equivocados.

Com imagem site El Rellano

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

CARAPETÃO DO JOBIM COM OS "OUTROS"

CDHM defende proposta de criação da Comissão Nacional da Verdade

Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, através de nota oficial, defendeu nesta quinta-feira (7/1) a proposta de criação de uma "Comissão Nacional da Verdade", com o objetivo de apurar responsabilidades sobre crimes e violações de direitos humanos cometidas contra opositores à ditadura de 1964-1985.


Prevista no 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), lançado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, órgão da Presidência da República com status de ministério, no dia 21 de dezembro passado, a proposta tem gerado polêmica.

O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, seguido pelos ministros das Forças Armadas, colocou o cargo à disposição do presidente Lula em razão da discordância com algumas propostas do PNDH-3, que preveem a responsabilizaçã o e eventual punição de torturadores e agentes do regime ditatorial que tiverem violado direitos humanos.

Na nota, assinada pelo seu presidente em exercício, o deputado Pedro Wilson (PT-GO), a CDHM defende a proposta e menciona que ela foi implementada em outros países. "No tocante à Comissão Nacional da Verdade, tal proposta não traz nenhuma novidade no campo dos direitos humanos.

Instituições semelhantes foram criadas em diversos países que passaram por regimes de exceção, a exemplo do vivenciado pela sociedade brasileira entre 1964 e 1985", diz o texto."A Justiça não pode prescindir da verdade histórica e da necessidade de apurar as responsabilidades por crimes e violações de direitos cometidas contra quem ousou enfrentar um regime autocrático e, portanto, ilegítimo", afirma o documento da CDHM.

A nota também defende o princípio da imprescritibilidade dos crimes de tortura: "torturas e demais violações de direitos humanos cometidas durante o período ditatorial já eram consideradas crimes imprescritíveis à época do regime, tendo em vista tanto os tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário desde 1948, com o advento da Declaração Universal dos Direitos Humanos, quanto os documentos do Direito Internacional, mesmo anteriores à Declaração, acolhidos pela legislação brasileira".

Em Defesa da Justiça e da Verdade

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados manifesta o seu inteiro apoio ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), sobretudo à proposta de criação de uma “Comissão Nacional da Verdade”, com o objetivo expresso de “promover esclarecimento público das violações de Direitos Humanos por agentes do Estado na repressão aos opositores”.

Esta terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos, recentemente lançada pelo Governo Federal, é fruto do diálogo e do esforço conjunto de milhares de militantes, estudiosos, organizações da sociedade civil, agentes e instituições do Estado, em processo cujo ápice ocorreu na XI Conferência Nacional de Direitos Humanos, realizada em dezembro de 2008.

No tocante à Comissão Nacional da Verdade, tal proposta não traz nenhuma novidade no campo dos direitos humanos. Instituições semelhantes foram criadas em diversos países que passaram por regimes de exceção, a exemplo do vivenciado pela sociedade brasileira entre 1964 e 1985.

Para que a Nação possa amadurecer a sua democracia, é imperioso que os setores conservadores – tanto no seio da sociedade quanto no âmbito do Estado – superem a concepção simplista e retrógada que encara as reivindicações relacionadas ao direito à memória e à verdade como posturas “revanchistas”.

A Justiça não pode prescindir da verdade histórica e da necessidade de apurar as responsabilidades por crimes e violações de direitos cometidas contra quem ousou enfrentar um regime autocrático e, portanto, ilegítimo.

Ressaltamos, ademais, que torturas e demais violações de direitos humanos cometidas durante o período ditatorial já eram consideradas crimes imprescritíveis à época do regime, tendo em vista tanto os tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário desde 1948, com o advento da Declaração Universal dos Direitos Humanos, quanto os documentos do Direito Internacional, mesmo anteriores à Declaração, acolhidos pela legislação brasileira.

Nesse contexto, a Comissão Nacional da Verdade terá o papel fundamental de se debruçar sobre os registros daquele período e encaminhar às instituições do Poder Público os resultados de sua análise, cabendo ao Poder Judiciário tomar as medidas cabíveis, inclusive punitivas, para que a Justiça seja efetiva e plenamente garantida.

Ignorar ou esconder as feridas e cicatrizes do passado recente significa a negação ou um ato de conivência diante das injustiças e ilegalidades cometidas nos “Anos de Chumbo”, postura com a qual esta Comissão de Direitos Humanos e Minorias não coaduna, sob qualquer hipótese.

Deputado Pedro Wilson - Presidente em Exercício da CDHM

Brasília(DF), 07 de janeiro de 2010.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

GAFANHOTO: JOVEM E ESPORTISTA

Com Felipe Klamt

Parece que vai ter uma colheita farta para um conhecido Gafanhoto “luminense” e seu grupo político. O conhecido e eterno professor Miranda, o Gafanhoto, vai ser empossado no cargo de secretário de esporte e juventude do município de Paço do Lumiar.

Pelas informações enviadas a este blog, a prefeita Bia Venâncio, ex-Aroso, estaria decidida a dar um rumo definitivo a sua gestão. Com este pensamento progressista convidou o José de Ribamar Miranda para modernizar esta pasta com a sua experiência e juventude.

Pela proposta acordada a atual secretária Socorro Siqueira seria deslocada para uma futura pasta da cultura e turismo, levando junto o adjunto Ronald Abreu. Vamos aguardar que não a dosagem de inseticida político não pulverize os planos de mudança no executivo municipal.

Com imagem Cesar Cartoon

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

CIDADÃO ROBERTO ROCHA

Com Felipe Klamt

Venho acompanhando o processo montado contra o deputado Roberto Rocha referente à utilização de passagens aéreas no Congresso Nacional. Muito interessante verificar como é o comportamento naquela Casa, mesmo que seja com um representante legitimamente aprovado com o voto popular.

Normalmente vemos o silêncio da maioria do parlamentares quando estão sendo pressionados por terem cometidos atos ilegais.


Quando não utilizam a tropa de choque para constranger os seus colegas e a opinião pública, como assistimos recentemente no caso do senador Sarney pego no maior esquema secreto do legislativo.

Lamentável saber da preferência da mesa diretora e corregedoria da Câmara dos Deputados tem por alguns dos seus membros, para alguns respondem com agilidade as indagações sobre os seus envolvimentos em processos e para outros parece que forças ocultas travam os esclarecimentos.

Nesta semana a imprensa oficial da família Sarney divulgou com estardalhaço o problema do deputado Roberto Rocha e ao mesmo tempo fez a ampla defesa do seu deputado e secretário Waldir Maranhão, citado no site Congresso em Foco como investigado pelo mesmo problema.

Sem esquecer de abandonar os novos aliados, que o diga o eterno substituto de deputados Washington Luiz, comandante da ala incerta do partido dos trabalhadores no Maranhão.

Como conheço a capacidade de enfrentamento deste jovem parlamentar não estranhei a sua determinação em exigir que os seus algozes provem o seu envolvimento nesta eterna maracutaia voadora.


Recebi uma nota de esclarecimento da sua assessoria de comunicação que divulgo para demonstrar a conduta e o respeito que o cidadão Roberto Rocha tem pela população maranhense.

Nota à imprensa

Fui surpreendido no início da semana por notícia divulgada no site Congresso em Foco envolvendo meu nome, com repercussão na mídia local, a respeito de uso de crédito de passagens na Câmara dos Deputados.


A surpresa deve-se ao fato que o assunto está sendo apurado há meses pela Corregedoria da Câmara e não há um único dado novo justificando a matéria.

Sobre o assunto, já prestei todos os esclarecimentos, junto à Corregedoria da Câmara e a veículos de comunicação, incluindo o próprio em site Congresso em Foco.

Aguardo sereno o resultado das investigações, para as quais tenho pedido celeridade. Esse sim será o fato novo, de interesse público e a mim em particular, que espero dar um ponto final no episódio, para evitar mais explorações de cunho político contra meu mandato.

Sou favorável a essa e quaisquer apurações que não deixem dúvidas sobre a lisura dos procedimentos que adotei ao longo de três mandatos.

Meu nome foi incluído na sindicância por conta da emissão de uma única passagem para o exterior, em nome de uma pessoa que não conheço, utilizando-se de fração da minha cota, sem meu conhecimento ou anuência.

O beneficiário da passagem também já se declarou indignado, tendo afirmado categoricamente à Corregedoria que não me conhece, nunca me viu ou falou comigo.

O agenciador de viagens que liga meu nome ao fato em questão obteve da Câmara o crachá de status autorizado a pedido do meu gabinete, e informalmente fazia algumas marcações de passagem e desembaraço no check-in de voos.

Ele não trabalha no meu gabinete e eu não o conheço pessoalmente. Esse crachá apenas dispensa a pessoa de apresentar documentos de identidade a cada vez que entra nas dependências da Câmara dos Deputados.

Se parte das cotas de minhas passagens foi usada irregularmente, evidentemente isso ocorreu sem meu conhecimento ou anuência. Ao tomar conhecimento do fato solicitei à Mesa Diretora da Casa uma auditoria em todas as minhas viagens, de todos os mandatos que exerci, para que não paire nenhuma dúvida sobre a lisura do uso das mesmas.

Atenciosamente,

Roberto Rocha
Deputado federal


Com foto Felipe Klamt - Timon - 2009