quinta-feira, 4 de novembro de 2010

UMA QUESTÃO DE PRUDÊNCIA

Com Felipe Klamt

Passada a eleição com a estranha vitória de poucos votos da Roseana Sarney e da Dilma com o Lula sendo o mais incrível coroa-propaganda da história brasileira. Agora vem a segunda parte da secura pelo poder com a tomada dos cargos a nível estadual e federal.

Tudo leva a crer que tem fundamento a fofoca espalhada em Brasília sobre as péssimas relações da Dilma com a família Sarney, dizem que as rusgas iniciaram quando o Sarney impôs o Lobão como ministro de minas e energia, tirando o poder soberano da então ministra-chefe da casa civil neste estratégico setor .

Como o seu mentor sempre demonstrou que era melhor manter o Sarney como aliado, mesmo tendo que conviver com a permanente pressão da chantagem, a ministra aceitava as condições do jogo bruto com o pensamento no apoio do PMDB para a sua eleição como sucessora do Lula. Acertou na mosca.

A grande questão está no recado enviado pela nova presidenta, por meio dos seus interlocutores, para o Sarney escolher entre ser novamente presidente do Senado ou indicar o novo, talvez o velho de sempre Lobão, para assumir o bilionário ministério das minas e energia.

Sarney que dorme com a luz acessa para não perder nem a passagem das sombras, rapidamente avisou ao Brasil que jamais teve a vontade de ser mais uma vez o senhor do congresso. De um lado manda os jornalistas de plantão espalhar que a Dilma quer o Lobão para ministro, no outro vendem o Lobão como o senador mais preparado para o cargo de presidente.

Ainda teve a nota do seu colunista predileto do jornal “O Globo” dizendo que a Roseana vai participar da definição dos ministros.

E por ai vai as conversas desviadas, diz que não é, que não faz, que não gosta, que não pensa, mas, que é melhor fazer o que ele quer. Simples questão de prudência.

Com imagem blog Os Morcegos

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