quarta-feira, 29 de junho de 2011

"FAMÍLIAS SOCIALISTAS"

Com Felipe Klamt

Maré vai, maré vem. Sempre trazendo a mesma água, o mesmo gosto de sal com o barro do deságuo dos rios, firmando a cor escura deste marzão. Não há nenhuma dúvida que estes fenômenos acontecem no Maranhão.

Como ninguém mais aposta sobre o envolvimento do governo estadual e municipal, carimbadas com as digitais do grupo Sarney e Castelo, na tentativa de cooptação do partido socialista, o PSB. Então, podemos afirmar que esta maré vem com ondas grandes para afogar a verdadeira oposição.

Nesta luta de gladiadores eleitorais ficou evidente que o comando da legenda socialista está dividido entre as famílias Almeida, Alves, Tavares e Leitoa. Para um partido de esquerda, com ideologia construída nos núcleos populares, fica muito estranho não identificarmos lideranças alçadas dos movimentos sociais, dos sindicatos e entre os filiados.

A governadora Roseana Sarney está sabendo jogar muito bem as armadilhas da intriga dentro do PSB estadual, primeiro atraiu o ex-inimigo odioso e deputado federal Ribamar Alves com um mar de benesses e um possível apoio em Santa Inês, no pleito de 2012.

O grupo dos Alves e seus familiares ainda contam com os empregos oferecidos pelo prefeito Castelo, sem esquecer que os Almeidas e agregados sugam dos mesmos benefícios para deixarem o PSB na vexatória situação de muleta da aleijada administração em São Luís. Com a diferença que pai e filho Almeida ainda resistem aos encantos financeiros do grupo Sarney.

Para completar, Roseana autorizou a liberação de verba para uma instituição dos Leitoas, que foi recebida sem contestação, somente com discurso do deputado estadual Luciano em defesa da integridade e história eleitoral da família.

Lamentavelmente os Tavares não estão conseguindo ter a habilidade de unificar as famílias, o ex-governador José Reinaldo não tem comparecido como o agregador e o deputado Marcelo utiliza do confronto para manter os espaços. Faltas que podem produzir um formato perigoso em um pequeno espaço de tempo.

No domingo, dia 03 de julho, todos estes rasteiros golpes externos podem ser concretizados, basta que os Alves e Leitoas dominem a executiva e o diretório estadual com a maioria dos membros que seguem as suas determinações. As duas famílias conseguiram as assinaturas para a autoconvocação.  

Por fim, restam os militantes legítimos assistindo a toda esta movimentação de interesses particulares, fortalecendo a certeza que o modelo de domínio está ultrapassado. Necessitando uma ampla discussão para alcançar o consenso em torno de uma nova direção, nascendo da base dos socialistas.

Uma terceira via pura e transparente. Questão de tempo. 

Nenhum comentário: