Com Joãozinho Ribeiro
Nesta última semana, tive o prazer e o privilégio de participar de dois interessantes momentos, em duas cidades do nosso estado, voltados para a valorização da nossa produção cultural. Na quinta (14/07), no espaço do Novo Armazém (Rua da Estrela), em São Luís, da abertura do projeto OUTROS 400, que contou com a presença e apresentações de renomados representantes da boa música produzida na terra de Gonçalves Dias, Dilu Melo, João do Vale e tantos outros filhos ilustres.
Da primeira edição do OUTROS 400, ao todo serão dez, participaram Joãozinho Ribeiro, Beto pereira, Lena Machado, João Madson, Criolina (Alê Muniz e Luciana Simôes), Célia Maria, Anna Cláudia, Josias Sobrinha, Chico Saldanha, e Lenita Pinheiro, acompanhados por um time de músicos de primeira linha: Celson Mendes (violão), Miranda Neto (trompete), Antonio Paiva (contrabaixo), Fleming (bateria), Arlindo Carvalho (percussão) e Caio Carvalho (percussão). Uma noite memorável e imperdível.
O projeto OUTROS 400 acontecerá quinzenalmente, sempre as quintas, e a próxima edição será realizada no dia 28/07, no Novo Armazém, com apresentações dos artistas Adler São Luiz, Lena Machado e João Madson, todos convidados do compositor Joãozinho Ribeiro, anfitrião e um dos coordenadores do evento, que também interpreta um repertório de obras musicais de sua própria autoria (gravadas e inéditas).
Sexta-feira, 15/07, à tardinha, já estou na cidade de Itapecuru, ladeado pelos ilustres escritores Benedito Buzar e Herbert de Jesus, participando do projeto Conversas Literárias, sob a coordenação da bibliotecária e produtora cultural Marla Silveira, patrocinado pelo Ministério, por meio do Programa Mais Cultura.
Conforme texto integrante do folder de apresentação, que dá conta do seu formato:
“O projeto Conversas Literárias tem lugar em espaços públicos, de fácil acesso, onde um autor de nome reconhecido no cenário artístico local ou nacional, juntamente com um escritor da cidade sede, participa de uma conversa descontraída com o público. Tudo com a mediação de um jornalista cultural, que, por sua vez, tem liberdade de contribuir para que o bate-papo se torne ainda mais interessante”.
Apesar do cansaço da noitada anterior e do desgaste natural da viagem, saí de Itapecuru bastante satisfeito com a acolhida local dos participantes e por saber que vários componentes do Sistema Municipal de Cultura já se encontram instalados ou em fase de instalação naquela cidade. O município já conta com uma Secretaria de Cultura específica, o Conselho e o Fundo Municipal de Cultura em fase adiantada de instalação. Tudo isso implementado através de leis, aprovadas pela Câmara de Vereadores e sancionadas pelo chefe do executivo. Um bom exemplo para todos os gestores públicos de cultura do Maranhão.
Mais comentários críticos e construtivos sobre as políticas públicas desenvolvidas (ou não) em territórios maranhenses, prometo reservar para tema dos próximos artigos desta coluna.
Quanto ao projeto OUTROS 400, compartilho com os leitores um texto elaborado pelo parceiro e principal incentivador da idéia, lido durante a abertura do evento:
“Joãozinho Ribeiro é um mestre.
Poeta e compositor da melhor estirpe, tem canções que já estão cravadas no imaginário do maranhense, tal como as pedras das ruas do Desterro ou como o som das matracas que ecoam no arraial da alma.
Mas não é só isso. Ele é um mestre também ao tentar, com suas atitudes de cidadão arretado, nos fazer ver o mundo com o olhar encantado dos puros.
Seus versos e melodias são assoviados como clássicos, mesmo sem João jamais ter gravado um disco sequer. Não por falta de torcida. Há tempos cobro do homem um registro de sua rica obra, um regalo certamente para fãs apaixonados como eu e outros tantos.
João parece ter ouvido o apelo de seus entusiastas, e agora começa a tramar para gravar seu primeiro disco. Mas, antes disso, fará um fuzuê no Novo Armazém com convidados durante algumas semanas, onde “testará” dezenas de músicas que comporão seu disco, na verdade uma antologia, considerando que João tem já 30 anos de carreira e correria.
Nesses anos, esteve envolvido em muitas lutas, algumas políticas, outras existenciais, algumas vencidas, outras inglórias. Sempre artista inquieto e cidadão íntegro, comprometido com a “felicidade geral da nação”.
Mas eu lhe digo:" João, saiba, rapaz, felicidade maior que ouvir suas canções não pode haver”.
Zeca Baleiro
julho 2011
Como poeta/compositor
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