Com Felipe Klamt
Na capa da revista começa o processo de convencimento pela esperteza: “Toda minha vida é marcada por um sentimento social. Sou um homem de meu tempo”.
Podemos afirmar que o sentimento expresso na frase da capa deve ser o de culpa pela miséria do povo maranhense. Sendo difícil definir qual a década que o tempo dele parou.
Sarney novamente ocupa espaço na mídia para o culto a sua imagem, somente em revistas deste estilo vemos descrito um homem fabuloso, construtor do progresso.
A primeira edição da revista “Personalidades”, uma publicação de A Gazeta, do Amapá, com estranha distribuição pelo gabinete do senador João Alberto, sem termos como afirmar que o povo brasileiro pagou o correio e a publicação, registra a mesmice de sempre com os fatos que interessa ao senador Sarney.
A revista mostra imagens e histórias hilárias, como a do Sarney de calças curtas na baixada, de grande redentor do Maranhão com o progresso e educação para o povo, o religioso ardoroso, um exemplo familiar, o soberbo intelectual e o conciliador político que desafiava a ditadura com idéias próprias e recebendo exilado.
Para completar, ainda vem à matéria sobre o período como presidente da republica afirmando que o Brasil era um país renovado, transformado nos planos econômico, social e político. Esquecendo de citar o desemprego, as greves, as denúncias diárias de corrupção, a maior inflação registrada na economia brasileira e a grande chance perdida de fazer algo pelo Maranhão.
A leitura desta revista não é recomendada nem para maiores, imagina para os em crescimento, pela total falta de conteúdo verdadeiro que sirva com referência.
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