Com Felipe Klamt
Continuamos assistindo os senhores do poder tentar determinar as formas de obedecer, as maneiras de comportamento e, quem sabe, muitas vezes os destinos dos maranhenses.
Sentimos, em 2006, a sensação do conquistar, vencer, para mostrar que podemos fazer o possível em uma terra do impossível. O grupo comandado pelo Zé Reinaldo chamou todas as forças eternizadas para o enfrentamento político e eleitoral, levando a vitória o candidato Jackson Lago como governador.
Fomos surpreendidos, talvez não, com o usurpador golpe jurídico da Roseana Sarney na tomada de poder do Jackson Lago. Houve uma tentativa de levante popular, faltou volume, sobrou indignação.
Contra as estruturas financeiras e todos os prognósticos negativos o Flávio Dino partiu para uma campanha suicida, lutava contra o abafa da máquina pública, mesmo estando muito atrás do segundo colocado, o Lago, ficou em segundo. A primeira, a mesma Sarney, venceu, o povo ainda não acreditou.
Vemos claramente alguns indicativos de enfraquecimento das instituições com o executivo travado, utilizando as mesmas armas da propaganda rápida sendo modificada por outra novidade. Sem esquecer o episódio da greve dos professores terminada pela decisão do STF, ficando a brasa queimando no dedo do governo.
Apesar da paralisação dos motoristas da capital ser uma greve cravada nas costas do Castelo teve um fato coincidente com a dos mestres da educação, houve, em ambos os casos, a desobediência civil. Nenhuma categoria demonstrou a menor preocupação em respeitar o judiciário estadual e federal.
Estes fenômenos, aliados ao governo com a mandatária apática, mais a oposição ferindo diariamente o grupo dominante e os movimentos sociais sendo agredidos com mortes de líderes tendem criar um mapa de desestabilização das instituições enfraquecidas pelo continuísmo e práticas aceleradas de enriquecimento ilícito.
Falta somente um fato de comoção ou um processo judicial colocado em público para varrer os espaços do poder.
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