Com Felipe Klamt
A rua Grande continua comprida, gente indo e vindo, a da Paz infernal com o seu trânsito, do Sol na maior parte do dia sombreada e a dos afogados sempre com falta de água. Se bem que o problema do Maranhão não está na falta de ruas, de gente, de sol, de sombra.
Podemos dizer que necessitamos de água, principalmente a corrente, que leve o passado ao mar para transforma-se na mais longa onda que se foi para sempre. Estamos encerrando o décimo quinto dia após a data da decisão e nada aconteceu. Nada.
A Roseana está em copas, crente que os tambores deram o mandato eterno, o Rocha remexendo os esqueletos do armário, o Jackson solitariamente convocando os seus para caminhar com o Serra, o Zé Reinaldo apoiando o mesmo Serra sem seu partido, o Sarney sendo agradecido nacionalmente por ambos os lados em não participar da campanha e o Flávio sendo aguardado para gritar que foi roubado junto com o povo do Maranhão nesta eleição.
Parece que o momento de ebulição no enfrentamento das idéias está restrito ao período eleitoral, neste ano não ficou nem a ressaca. A população avisou por meio da abstenção que todos os políticos estão equivocados, mais de um milhão disseram “não” a todos eles e eles continuam os mesmos.
Afinal qual o projeto para o grupo Sarney fazer o melhor governo da sua vida? Qual a proposta da esquerda para a inoperância da Roseana Sarney? Vamos ter de aguardar a definição do segundo turno nacional para termos um programa de governo com feições maranhense?
O povo desta terra não tem problemas, somente tirando o maior índice nacional de analfabetismo e de fome diária, bobagem, os líderes estão com a alimentação em dia para poder sentir e entender o choro de uma criança com fome.
De domingo a domingo a estática fica como norma, na segunda vai ser organizada a agenda para começar na terça, na quarta o volume de idéias já não permite a operacionalização imediata dos projetos, na quinta a semana útil está por terminar e na sexta fica acertado que na próxima segunda tudo vai recomeçar, sem falta.
Aos que riscam palavras, gritam para o vento sobra somente o aguardo de quando e como eles vão querer que vivamos. Vai saber.
Com imagem blog Ser Ligado
Nenhum comentário:
Postar um comentário