segunda-feira, 13 de setembro de 2010

VAMOS DE MIOSÓTIS LÚCIO - O FAZER POLÍTICO

Com Miosótis Lúcio

Quando minhas meninas eram ainda crianças, muitas vezes as coloquei pra dormir, embaladas por meu sonho de vê-las crescer com saúde, protegidas e muito amadas. Com voz desafinada, cantarolava baixinho a música do poeta Vinícius de Moraes, que diz assim ...“era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada, ninguém podia entrar nela não, porque na casa não tinha chão”...

Estou em Campanha Eleitoral e as mazelas vistas durante as viagens, ao longo de todo o Estado, me trazem à mente tal lembrança. Nosso Maranhão, como a casa aqui referida, quase nada possui, em se tratando de Políticas Públicas. Todavia, diferente da música, isso não tem graça!

Em Imperatriz, mais de quarenta crianças morreram este ano, por falta de UTI neonatal. Somos campeões nacionais de mortalidade infantil. E, isso não tem graça!

No interior, as pessoas que procuram os serviços de saúde enfrentam filas para o atendimento médico e também à espera da ambulância. E, isso não tem graça!

Muitas mulheres morrem de câncer de mama, por falta de um simples exame preventivo: a mamografia. A violência doméstica continua a vitimar mulheres e crianças. E, isso não tem graça!

Nossa Educação também ocupa os piores lugares no ranking Nacional. E, isso não tem graça!

Mas esses fatos, todos nós, políticos e eleitores, sabemos. Por que, então, escrever um artigo que fala de algo que é do conhecimento geral? O que há de novo?

O mundo político parece existir dissociado da vida diária, como que apartado da realidade do cidadão comum. Os escândalos recorrentes, envolvendo a classe política, colocam a todos nós num único pacote, como feitos de uma só massa. Quero afirmar a minha convicção de que Política é lugar de gente séria, decente. Assim como noutras áreas de atuação, existem homens e mulheres honrados e não. É necessário aproximar o fazer político da vida cotidiana. Cuidar da criança como se da nossa família fosse; gerar possibilidades de trabalho para todos os pais e mães de família, como se conhecêssemos a todos; construir e zelar das escolas imaginando que ali estudarão nossos filhos; qualificar os jovens e sentir orgulho por se formarem; Profissionais da Educação, da Saúde, Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Gente que Faz: conversar com todos, pensarmos juntos as soluções. Empresários, grandes e pequenos, estimular o seu crescimento, sem querer deles ser sócios...

Cuidar e Proteger são responsabilidades políticas tão óbvias e tão abandonadas que hoje defendê-las soa, para muitos, apenas como discurso politiqueiro, restrito ao período eleitoral; para outros, ingenuidade, sonho inatingível de uma psicóloga política; para mim, princípio de respeito e fraternidade para com o cidadão, que tem que ser o motivo maior de nossa ação.

Sensibilidade não é prerrogativa da mulher, é premissa de um grande líder. Ao lado de Flávio Dino trabalharei arduamente para devolver a todas as famílias maranhenses o Maranhão que é de todos nós.

Como Mãe e Militante Social
Com foto Felipe Klamt - São Luís - MA - 2010

2 comentários:

RodrigOliveira disse...

A apatia política que nos cerca por vezes nos abate. O povo está cansado de tantas promessas feitas durante as campanhas eleitorais e após estas acabarem, terem a mesma vida. A auto-estima do povo deve ser restaurada. Para isso, ele precisa de exemplos reais que as coisas podem ser diferentes, que podemos mudar. Toda vez que ouço as pessoas dizerem que todos os políticos são ladrões e corruptos, sempre replico que temos um homem que nunca teve seu nome envolvido em corrupção e que, aliás, foi eleito o melhor deputado federal do Brasil no combate à corrupção. Esse homem é: Flávio Dino! Tipo de homem honesto e trabalhador. Referencial para a juventude. Por isso, não desanimemos, pois um Maranhão melhor é possível!

Unknown disse...

Essa sua visão Miosótis é interessante, verdadeira e, acima de tudo, triste. Acho incrível ainda termos as filas madrugada à dentro nos hospitais públicos e a quantidade de escolas comunitárias que funcionam precariamente, com professoras voluntárias que buscam uma gratificação simplória para garantir um trabalho tão valioso. É deprimente vermos os dados mostrados pelo Jornal Nacional na sexta-feira(dia 17/09) que coloca o Maranhão em posição de expansiva miséria. O que mais incomoda é ter a ocnsciência de que o orçamento disponibilizado entre FPM, FUNDEB, recursos do SUS e outros, são plenamente suficientes para sanar todas essas necessidades.
Quanto à nós, mulheres, a prevenção da saúde, uma política de segurança contra a violência uma política de desenvolvimento social integrado; são imprescindíveis e podem e devem ser pensadas e iniciadas como fator de alavancagem de uma estrutura familiar saudável.
Acredito sim que tudo isso é possível e que o comprometimento com o todo (público) pode e deve ser compromisso de todo e qualquer político que se disponha a desenvolver um trabalho sério e comprometido com os resultados de uma gestão de qualidade.
Sei que Flávio Dino pode fazer isso. Acredito, também, no seu potencial de mulher íntegra, comprometida e que acredita na disseminação, planejamento e execução de políticas públicas exitosas.
Não devemos parar de buscar esse caminho!