Com Felipe Klamt
Inicialmente o Lula surge no horário eleitoral para dizer que o Brasil mudou. Talvez. Que o Maranhão mudou com a Roseana, jamais, em nada.
Agora os maranhenses assistem a dantesca cena de um quase-ex-presidente fazendo o ridículo papel de entrevistador da travada candidata Roseana Sarney. Na mais escancarada e desesperada propaganda do tipo “me salva Lula”.
Como explicar que um homem construtor de uma trajetória invejável possa estar fazendo um papel de deliquente do poder, parecendo um menino que não sabe o tempo de amadurecer, querendo ficar eternamente com o brinquedinho sonhado na pobreza.
Talvez o soberbo do poder, a convivência junto aos oligarcas, o intensivo curso de fazer os atos de mãos leves e as caras de “eu não sabia” tenham feito este capaz político perder o senso de distância de tudo e de todos que ele afirmava ser o pior para o nosso povo.
O Lula continua insuperável no fator imagem, verificando que não vemos mais o aspecto do constrangimento por estabelecer como meta de vida a manutenção do poder para ser o cara...
A base para pedir votos para a Roseana, Lobão e o João Alberto está amparada no fato de contar com o maior índice nacional de popularidade no Maranhão. A dúvida fica entre o lugar mais pobre ou o povo que continua miserável, utilizando da bolsa de subsistência fica fácil de alcançar estes patamares de Deus.
O registro histórico demonstra o esquecimento dos ex-presidentes, todos procurando permanentemente um espaço na mídia para afirmarem os seus feitos. Não há de ser diferente com o Lula em relação ao tempo e a sua provável sucessora, a Dilma. A igualdade entre os dois mandatos deve girar em torno de que o primeiro teve de ser refém da máfia dos senadores e a futura aceitou continuar sendo.
Neste mundo de onças, tigres, lobos, carcarás, sem esquecer os ratos, não fica difícil entender como uma esperança popular possa se transformar em somente uma coisa entre nós.
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