NÃO DEMOROU NADA. ROSEANA PERSEGUE JOHN CUTRIM

Com John Cutrim

Roseana aciona blog na justiça; postagens são retiradas do ar

A justiça eleitoral determinou, na manhã deste sábado (21/08), que fosse retirada duas matérias postadas neste blog. A medida foi protocolada pela coligação “O Maranhão Não Pode Parar”, encabeçada pela candidata ao governo do Estado Roseana Sarney (PMDB).

Os advogados de Roseana que ajuizaram a ação pediam que além da retirada dos dois posts, o blog e o site do Jornal Pequeno ficassem 24 horas do ar. O juiz que proferiu a decisão determinou apenas a exclusão das matérias.

As postagens faziam críticas a candidata Roseana Sarney e as propostas e programas de seu programa, apresentados no horário eleitoral gratuito.

Sobre o caso, não vou emitir opinião sobre a decisão da Justiça, a qual, provocada, acho que agiu dentro do que preconiza a Lei Eleitoral.

Contudo, não podemos deixar de lamentar e repudiar a atitude contraditória da governadora Roseana Sarney. Nestas eleições ela se apresenta com a faceta de uma candidata totalmente diferente das outras eleições e adota uma nova linha ‘paz e amor’.

Diversos recados intimidatórios já haviam sido dados. Por várias vezes a peemedebista já havia ameaçado reagir com firmeza às críticas feitas por este blog. Nunca cheguei – confesso – a acreditar no que ela dizia.

Mas apesar de geralmente não cumprir com o que promete, dessa vez a promessa foi concretizada.

O que não imaginávamos, no entanto, era que a resposta da filha do senador José Sarney e irmão de Fernando Sarney (que censurou o jornal Estado de São Paulo) seria cerceando o direito a liberdade de expressão e informação.

Com publicação em 21 de agosto de 2010 no blog John Cutrim

Com Blog - Companheiro John,

Saiba do meu respeito pela sua postura, sua decisão em lutar pelo Maranhão para todos.

De forma nenhuma permitiremos que os ocupantes judiciais intimidem os nossos pensamentos. O fato é que o medo, o temor e o pavor de não ter o poder como blindagem leva a estas formas de perseguições, como o armado pelo seu pai no Amapá contra a jornalista Alcinéa Cavalcante, libertos jornalistas e blogueiros.

Vamos continuar o enfrentamento, a história pertence ao coletivo. O mais importante está na certeza que “eles” não conseguiram manter por muito tempo a farsa da "moça do bem".

Que venham eles.