sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

VINHAIS VELHO - A MÁGOA DE UMA COMUNIDADE

Com Felipe Klamt
Estava no Vinhais Velho, sentado, observando, ouvindo, anotando e fotografando. Um processo de inércia tomava conta do antes sentimento de revolta, o meu metabolismo travou na convicção que a Roseana Sarney e o Max Barros estavam matando a história dos moradores daquela comunidade pelo caráter aranhado na trajetória de tomar e ter para ser mais do que os outros.
As palavras dos que lutam contra o esmigalhar familiar embargam na garganta, todos acreditam na perda dos seus lares, talvez o único abrigo de proteção da miséria, o canto da dignidade. Depois dos oficiais de justiça, surgem os tratores com seus roncos para extinguir as paredes dos sentimentos, todo o desprezo facilitado pelo insano rebaixamento de olhar do judiciário.
A imagem do desespero da moradora que abre esta postagem expressa à miserável dor do presente incerto. Fere saber que perdeu, destrói os de bem com a certeza que a governadora eleita, talvez pelo voto dos desabrigados, pode mudar o determinado com um simples risco na planta uma eterna mágoa.     
Como todos os presentes afirmaram que nada comove à senhora Sarney, então, os desapropriados, diversos membros de movimentos sociais, religiosos, partidários e dos estudantes decidiram chamar os dos Leões para o enfrentamento público. Conseguiram comover o Arcebispo Belizário que pisou na comunidade empunhando o sagrado cajado, deixando um facho de esperança. Falta mostrar a coragem dos católicos.
A Roseana foge novamente, desta vez para Paris. O Max Barros mente estupidamente, sabendo que não é nada de necessário para a população depois que perdeu antes de começar como pretenso prefeito da capital. Os parlamentares de oposição querem pisar forte no paço do Vinhais enquanto o monstro de ferro raspa o passado, limpa o presente e apaga os vestígios para um futuro.
Com fotos Felipe Klamt – O choro da moradora e casa que virou caminho canino – Vinhais Velho – São Luís – MA – 18.01.2012   

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