UMA COMÉDIA POLÍTICA

Com Felipe Klamt

Muitas vezes na minha solidão de idealista fico pensando que a massa popular quer que continue este engodo público. Somente indo ao meio do povo é que acordamos para a mais brutal realidade: “Nenhum quer, poucos têm a forma para lutar”. Falta o caminho, a chama da mudança está acesa, pronta para incendiar o feudo do atraso.

Novamente vivemos a trágica encenação do querer ser poder, jovens parlamentares estufando os peitos para marcharem de encontro ao paredão da oligarquia sendo abatidos um por um com os certeiros tiros do terror eleitoral. Somente ainda não ficou hilário esta medição de força pelo simples fato que dentre eles pode estar o algoz do agonizante e arcaico poder da família Sarney.

Continuam os mesmos os processos de abaixar as cristas, jornalistas do interesse dizimando o caráter dos insurgentes, atacando antigos e atuais aliados com o ódio dilacerador de quem perdeu o maior pirulito das suas vidas. Na verdade, para alguns, o sorvete de duas bolas derreteu, sobrando somente à casquinha.

Trairás, cabeludo, pai indigno, confinados, BBB, bloquinho, patos e inimigos da benevolente. Muitas outras palavras foram utilizadas para enquadrar os deputados atrevidos, parece que o efeito da injeção oleosa começou a fazer efeito com três pedindo perdão a amada mestra.

Roseana aprendeu a manter o ódio aos seus desafiadores, felizmente não teve a capacidade do pai em fazer cara de múmia e atitudes de bicho-papão por meio de outros servos. Ela jamais vai assumir que as palavras de agressão pessoal feita no passado pelo seu cunhado ainda fazem parte das dívidas a serem cobradas no presente.

Por enquanto, ela e seu grupo perderam a eleição da assembleia, coisa de tempo para o eleito começar a estabelecer novamente a propriedade para a dita. Possivelmente na próxima segunda todos voltem ao terreiro com o perdão real. Assim sobrevivem os representantes dos maranhenses.