sábado, 5 de setembro de 2009

INSEGURANÇA

Com Jackson Lago

Durante meu governo, fui algumas vezes à posse de conselheiros dos Conselhos de Segurança Cidadã, em São Luís. Esses Conselhos eram o embrião da municipalização da política de segurança, dentro dos moldes do que fazíamos em outras áreas, como Saúde e Educação, e como iniciávamos a fazer também na Assistência Social e na Cultura. Depois de implantados na ilha de São Luís, começamos a levar essa experiência aos municípios do interior do Estado, onde a ideia também encontrou grande receptividade.
Nas ocasiões em que participei da posse de conselheiros, tive a oportunidade de encontrar dezenas de cidadãos que eu conhecia de outras épocas, como de reuniões do Orçamento Participativo que implantei em São Luís à época em que fui prefeito e compreendi a vontade daqueles homens e mulheres simples de participar da vida de sua cidade e de seu Estado.
O golpe judicial que fez retornar a oligarquia ao comando do Estado interrompeu também experiências ricas como essas dos Conselhos de Segurança Cidadã, que começavam a mostrar sua importância para tornar a comunidade co-responsável pela política de segurança, como, aliás, preconiza a Constituição Federal.
Lembro, também, a adoção de uma medida de grande alcance na área de segurança que foi a construção do Centro de Detenção Provisória, que fizemos construir na área de Pedrinhas, o que permitiu o esvaziamento das delegacias da capital e do interior, até então lotadas de presidiários, o que imobilizava delegados e agentes. Livres da condição de carcereiros, os delegados e agentes ficavam liberados para exercer suas verdadeiras funções no combate ao crime e à violência e no atendimento às demandas da população.
Ao sairmos do governo do Estado, deixamos recursos depositados na Caixa Econômica para a construção de novos presídios em Imperatriz, Bacabal e Pinheiro, o que terminaria com a superlotação dos presídios de São Luís (Complexo de Pedrinhas) e permitiria a muitos detentos cumprirem suas penas mais próximos de seus familiares.
Hoje, vemos o quanto a sociedade perdeu com as experiências exitosas que a Secretaria de Segurança Cidadã vinha implantando, sob o comando da doutora Eurídice Vidigal. E vemos que aqueles que antes criticavam o trabalho ali realizado, agora sofrem críticas e ataques de setores generalizados da sociedade maranhense.
Durante meu governo, nossos adversários praticavam uma política de terra arrasada. A eles, não interessava que o trabalho da doutora Eurídice desse certo, mesmo que isso significasse por em risco a vida e o patrimônio dos cidadãos. Nosso posicionamento não é esse e, por isso, vemos com tristeza e preocupação os desmandos de hoje, o aumento da criminalidade e as acusações contra o próprio atual titular da Secretaria de Segurança, algumas delas de tal gravidade que deveriam ser imediata e totalmente apuradas.
O Maranhão, que agora já conhece outro tipo de gestão pública, não aceita voltar aos tempos de outrora.

Legítimo Governador do Maranhão

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