segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ENTREVISTA: FALA FÁBIO GENTIL


Com Felipe Klamt falando com Fábio Gentil
Para começar, fale de você para entendermos a sua jovem história?
Me formei em Engenharia Civil em 1995 em Campina Grande - Paraíba.
Resolvi voltar para minha terra natal, pois além de dever como cidadão agora formado tinha uma vida pública construída desde a época estudantil, participando de grêmio e grupo de jovem em gincanas em nosso município. Por ter aprendido junto a minha família o quanto é importante participar das decisões de minha cidade, meu estado, meu país, e por estar no sangue, resolvi seguir também o caminho deixado por meu pai, o então deputado estadual José Gentil. Em 1998 resolvi concorrer a uma cadeira da câmara municipal, obtive 755 e fiquei como primeiro suplente, vindo a assumir logo em seguida, dois anos depois, isso me deu ainda muito mais vigor e vontade de trabalhar para poder mostrar o quanto poderia oferecer ao nosso município, em 2000 renovei minha candidatura a vereador, me tornando o vereador mais votado em Caxias e em termos percentuais um dos mais votados no Maranhão, com quase 3000 votos. Continuei nosso trabalho, expandindo o mesmo no estado, onde resolvi me candidatar a um cargo de deputado estadual em 2002, obtendo um total de 13.961 votos, ficando com suplente de deputado, mas, julgo ter saído vitorioso, pois fui contra as maiores forças estaduais e municipais, novamente fui reconduzido ao parlamento municipal em 2004 e 2008, onde continuamos trabalhando firme e forte para alcançar o executivo municipal.

Como foi construída a sua caminhada para o parlamento municipal?
Com muito trabalho, determinação e com um grande trabalho junto à juventude Caxiense, mostrando o quanto poderíamos trabalhar junto ao nosso município, apresentando propostas que viesse a somar para o engrandecimento de nossa cidade.

Vale na juventude a indolência, como você entende o momento político do Maranhão?
Precisamos ser mais atentos, menos preguiçosos, mais responsáveis, não podemos mais errar, mas sim lutar pelos nossos ideais, já que o atual momento político do Maranhão é complicado, está ocorrendo um verdadeiro descalabro com a coisa pública. Com fraude, perseguição, ódio e acima de tudo falta de compromisso com nosso povo. O governo atual de Roseana Sarney não está preocupado com a legalidade dos seus atos e com o cumprimento das leis, mas sim e somente em perseguir àqueles que não a apoiaram nas últimas eleições. Precisamos urgentemente ir às ruas, gritar, conclamar nosso povo para a luta e mostrar o desrespeito com que o governo atual trata nosso estado.

Acreditas que a solução do Maranhão é a renovação na política?
Não tenho nenhuma dúvida de que precisamos renovar a política estadual, precisamos de ideias novas, precisamos de pessoas realmente compromissadas com nosso estado, que vejam acima de tudo e em primeiro lugar o avanço e não o retrocesso com tem acontecido nas últimas décadas.

Quais as suas propostas para o seu município, lembrando que não representas somente o segmento da juventude?
Melhorias para a saúde no município; Incentivar o esporte aos jovens com campeonatos de futebol, vôlei e futsal; Lutar pelo asfalto nos bairros periféricos de Caxias; Estruturar aulas de Artes Marciais nos bairros como incentivo ao esporte. Lutar e buscar projetos para viabilização de emprego e renda para comunidade bem como parceria pelos trabalhos sociais, desenvolver palestras junto aos jovens sobre AIDS, drogas e alcoolismo.

Caso tivesse a chance de governar os maranhenses, qual seria as suas principais propostas?
De imediato buscar resgatar a imagem de nosso Maranhão de um estado hospitaleiro e de pessoas de boa índole, tentar amenizar os problemas de nosso povo da zona rural dando incentivo aos produtores e principalmente assistência técnicas que é extremamente necessário, oferecer incentivo as micro-empresas para que as mesmas possam gerar emprego e renda ao nosso estado. Priorizar também a nossa rede de saúde que hoje esta falida e na UTI, oferecer oportunidade aos nossos jovens para que aqui possam produzir e não tenha que sair de nosso estado em busca de sobrevida.

Falando de juventude, o que você pensa sobre as drogas, vale a pena descriminalizar?
Na minha opinião, a droga é responsável por toda essa violência no mundo, praticada tanto por quem consome como por quem trafica, mesmo assim acredito que não deveríamos descriminalizá-la, gostaria de dizer que: não deveríamos enfatizar o fato de descriminalizar a maconha ou outra droga qualquer, pois objetos e coisas não podem ser criminalizados, mas sim a conduta de pessoas. Assim, não é possível declarar a maconha como criminosa e, portanto, não podemos descriminalizá-la, mas sim a conduta de alguém que a utiliza.
Com tantos jovens tendo que assumir uma paternidade precoce, com tantos casos de DST/AIDS, qual a sua posição sobre o aborto?
É uma questão delicadíssima, abortar é tirar o direito a vida de uma pessoa que não tem pelo menos o direito de se defender. Existem tantos meios de se evitar a gravidez que muitas das vezes as pessoas brincam de engravidar, pois sabem da facilidade que tem de tirá-lo. Há casos, como por exemplo: Estupro, risco de vida da mãe, em alguns casos como esses que precisam ser estudados na tentativa de regulamentá-los, mas jamais deveremos abusar de tais procedimentos.

No seu entendimento como deve ser combatida a corrupção?
A corrupção é fruto do sistema que valoriza o ter, e não o ser. Que estimula o individualismo, em vez da solidariedade. Enfim a corrupção é fruto do sistema que subverteu os valores morais da sociedade e busca sempre cada vez mais acumular bens materiais. Tudo pode ser vendido e comprado. Somente com a educação baseada em valores de honestidade, solidariedade e lealdade é que acabará a corrupção. Os políticos vêm do povo e por este são eleitos. Se há políticos corruptos é porque a própria sociedade os corrompeu.

Falando de peito aberto, quais os seus sonhos como representante popular?
Uma sociedade mais justa com direitos iguais onde cada um tem que reconhecer que seu direito acaba onde inicia o do outro. Acredito e aposto que em um futuro bem próximo teremos a plena convicção de que precisaremos plantar para podermos colher, mas que o principal adubo será a valorização do povo. Será a certeza de que o mal que aqui se faz, aqui se paga.

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