HILDO, A ASSEMBLEIA É UM PODER

Com Felipe Klamt

Talvez nem todos os desmandos no executivo seja culpa da governadora Sarney, talvez não, mas, talvez a incapacidade dos seus secretários venha da equivocada escolha da gestora estadual.

Todos os membros eleitos do legislativo, mesmo os mais submissos ao mando da família Sarney, compreendem o papel de representantes do povo em um poder que exige o respeito, a conduta madura e o cumprir de protocolo pelo outro poder, o executivo estadual.

Ontem, os jornalistas assistiram uma apressada e confusa visita do ministro dos transportes ao Palácio dos Leões, veio para dizer que nada vai mudar na obra de duplicação da BR-135. Bateu a foto e “tchau Maranhão”.

Nada mais normal a turma da Sarney receber este tratamento da Dilma, afinal, ela nunca gostou deles. O grande problema está na forma que tentaram convidar os deputados de oposição para o encontro com o gestor federal, o Paulo Passos. Mandaram o assessor mandar a auxiliar administrativa solicitar que a telefonista dos Leões avisasse por telefone os parlamentares.

Esta ninguém me contou, eu escutei, registrei e não acreditei no desdém do secretário Hildo Rocha com os deputados dentro do plenário da assembleia legislativa do Maranhão. Simplesmente o representante do governo afirmou que mandou dar um telefonema para convidar os que têm o poder de ser a voz do povo para a passagem do Passos.

Para completar a empáfia, o aloprado Rocha ainda teve a petulância de aconselhar os deputados a melhorar as suas assessorias.

A sempre tranquila deputada Cleide Coutinho foi à tribuna e desceu o sarrafo na saliência do governo, ou de seu agregado, em achar que deputado eleito tem a obrigação de aceitar recado por telefone. Mostrou como mulher e médica bem-sucedida que não precisa das esmolas, somente exige respeito.

Ainda cabe a mandatária deter este movimento degradante e deselegante com as mulheres e homens de bem desta terra, antes que liguem para o celular dela e convidem para "dar uma passada na assembleia e tomar um cafezinho". Do jeito que vai não está longe de acontecer.