sábado, 26 de junho de 2010

A QUEROSENE NA ÁGUA

Com Felipe Klamt
Quem conta um conto, aumenta um ponto.

Neste Maranhão tem de tudo um pouco. Em uma cidade do Baixo Parnaíba, tem até um rapaz que foi registrado com nome de remédio.
Muito conhecido pela sua gulodice e por gostar de apostar que comia mais do que os outros, em certa ocasião apostou que comeria dezessete coxinhas, quatro pastéis grandes acompanhados de quatro litros de refrigerante. Até aí, tudo normal, pois para quem já tinha vencido um concurso comendo mais de três quilos, isto era um petisco.

Acontece que a mãe do guloso já estava zangada e até envergonhada com a fome desesperada do rapaz. Ao retornar para casa, depois de ter cumprido a tal da aposta, descobriu que não tinha nenhum digestivo e a única farmácia existente na cidade já tinha fechado.

Começou a dar um rebuliço dentro do corpo rapaz, e, ainda por cima havia o desespero para que a sua mãe não descobrisse o feito gastronômico que ele cometera. Bem ou mal, o jeito foi apelar para o único produto que tinha em casa, que era um litro de querosene. A fórmula pensada foi muito simples: um copo de água com quatro gotas de querosene. E, não é que deu certo, mas, os efeitos colaterais o perseguiram por alguns dias.

Este rapaz já conseguiu diminuir o seu apetite, pouca coisa, mas conseguiu.
O mais interessante disso tudo, é que ele foi nomeado secretário de saúde da sua cidade. A população fala que como ele ainda não explodiu pelo excesso de comida ou por ingerir querosene, possivelmente, vai conseguir resolver o indigesto problema da saúde.

E olha que isto não é um “causo” de interior, eu conheci o obstinado saboreador e ainda paguei à volumosa e indigesta conta do jantar.

Preciso urgente de um digestivo sem querosene.
Com relato testemunhado por Bira do Pindaré em 14.09.2007

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