Com Felipe Klamt
Seu menino. Tive um sonho agoniado, suado, estava em um lugar estranho.
Tinha um portão com uma placa anunciando que eu adentrava em Trucussu do Norte, terra de ninguém, feito para quem não tem atento, sem respeito pelo dos outros.
Logo na entrada, fazendo às vezes de porteiro estava uma figura que gosta de ser conhecido como o dono de todos, por enquanto, ganhou esta função devido a uma cunhabilidade.
O local tinha um cheiro forte, parecido com lama fervida. Quem sabe poderia ser aquele produto de sedimento líquido com aparência de borra muito reconhecida por especialistas barbudos. Se pudesse voltaria da porta, que inhaca.
De repente me assustei com um monte de socialista saindo assustados de um castelo, era uma carreira de louco para fugir de promessas de campanha. Isto é o que acontece quando companheiro quer ter bico grande para enfiar onde não deve.
Como em um passe de mágica estava no meio de uma passeata, gritando palavras de ordem, indignado com uma armação que tinha um bigodão e um cabeção sufocado por uma barba nojenta para dar um palácio a uma Branca. Observei que não era a de neve.
Era uma situação estranha, os protestantes utilizavam balaios para defender-se de nuvens negras que transpassava os corpos dos legítimos. Parecia mandinga braba.
Antes de mudar a imagem, ainda escutei um forte som de tambores.
Fez um clarão. Como eu gostaria de acordar neste momento. Olhei para frente e tinha milhares de televisores repetindo a mesma notícia de desenvolvimento empresarial. Assistia aquela peta engenhosa, sufocado, querendo denunciar o plágio da turma de ocupação.
Parecia que não conseguiria sair daquele inferno, eram gritos vindos dos aparelhos dizendo que tínhamos segurança, ao mesmo tempo aparecia um monte de gente sendo roubada, que o povo não teria mais doenças e surgiam milhares de doentes querendo encontrar hospitais imaginários.
Os meus pés estavam enlameados, sentia náuseas daquele cheiro e minha cabeça parecia rodar com tanta maldade. Conseguia ver e identificar os maldosos perturbadores do meu sagrado repouso, como eles divertiam-se.
Comecei andar bem rápido, tentava sair daquele turbilhão de imagens ruins e de repente consegui abrir os meus olhos. Estava no ano de 2010.
Ainda bem que foi somente um pesadelo. Será?
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